O significado da sigla HDR em inglês é High Dynamic Range, traduzindo para o português Alto Alcance Dinâmico. Ele serve para produzir uma fotografia com uma gama de tons mais alta do que conseguiríamos com uma simples exposição.
Um exemplo onde a técnica HDR é muito usada são em fotografias de paisagem devido ao contraste entre o céu e a terra comumente encontrado nessa situação.
Quem nunca tentou fotografar uma paisagem linda mas que na hora do clique o céu ficou completamente branco, todo estourado e então você tentou compensar isso subexpondo um pouco a fotografia conseguindo um céu lindo mas a terra ficou completamente escura?
Páteo do Collegio - Centro de SP |
O olho humano consegue distinguir uma gama elevadíssima de tons entre as áreas de sombra e luz da cena, já câmeras fotográficas por mais avançadas que sejam não conseguem nem chegar perto disso.
Quem nunca viu aquele Pôr do Sol lindo com montanhas ao fundo com cores bem vivas e definidas? Provavelmente o fotógrafo usou a técnica de HDR para produzir essa imagem.
Para conseguir fazer uma foto em HDR são utilizadas normalmente três fotos idênticas (podem ser usadas mais fotos) mas com exposições diferentes mudando apenas a velocidade do obturador. Geralmente usa-se uma diferença de um, dois ou três pontos entre elas. Uma para conseguir uma foto sub-exposta, uma outra com exposição correta e a última superexposta. Pra simplificar ao máximo, basicamente o HDR é conseguido mesclando as áreas claras da imagem subexposta e as áreas de sombra da imagem superexposta na imagem corretamente exposta que está como base. Fazendo isso é conseguido as melhores informações de cor e luminosidade em cada área da imagem para produzir uma imagem final onde o resultado é uma fotografia com todas as áreas corretamente expostas e de grande variedade tonal.
Veja no exemplo abaixo:
Foto original corretamente exposta
Perceba que na foto original temos um céu até legal mas com algumas áreas bem estouradas e a grama assim como a parte da entrada do espaço.
Foto subexposta
Agora na foto subexposta temos um céu mais interessante sem nenhuma parte estar estourada mas em compensação todo o restante da fotografia ficou bem escura, se quisesse realçar só o céu estaria mais ou menos legal mas a intenção originalmente é usar a imagem como um todo.
Foto Superexposta
Já na foto superexposta para conseguir informação nas áreas de sombra não somente o céu ficou completamente estourado mas também a construção quase se confunde com ele de tão branco que ficou.
O único jeito para conseguir informação em tudo é mesclando as três fotos em HDR para conseguirmos o seguinte resultado:
Foto em HDR
Veja como conseguimos realçar as áreas de sombra da imagem original sem que o céu ficasse completamente estourado. Interessante não é?
Claro que HDR não é colar o céu da subexposta ou a parte da grama da superexposta na foto de base, é mais que isso, novamente ele mescla as melhores informações das áreas de luz, sombras e cor para que foto resultante desse processo tenha uma fotografia com uma gama de tons entre as áreas de alta e baixa luz muito maior se aproximando um pouco mais do que o olho humano consegue distinguir.
Mas muitas pessoas usam HDR não como técnica mas sim como efeito conseguindo alguma coisa parecida com a foto abaixo em que foi utilizado as mesmas três fotos do exemplo acima mas com ajustes completamente exagerados.
Com bons programas de edição de imagem você consegue fazer HDR mas também existem programas específicos para esse fim. Também é possível encontrar o recurso em câmeras digitas e até em celulares!
Existe porém uma restrição. Devido a técnica HDR exigir que você use no mínimo três fotos idênticas ela não funciona em fotos em movimento. Recomenda-se até usar um tripé para que não resulte numa foto aparentemente tremida.
E você ficou com vontade de fazer uma foto HDR? Mostre aqui o resultado deixando nos comentários!
Até mais!
Fotos: Flávio Cabral Edição HDR: Klaus Jessen