Olá pessoal.
Muitas pessoas pensam que o flash serve só para tirar fotos com pouca ou nenhuma luz o que é uma inverdade.
O flash também pode ser usado em dias com muito sol quando existe aquela luz dura. Ele é usado justamente para preencher as sombras (sem que apareça o disparo, que seria o ideal). O nome dessa técnica é flash de preenchimento ou fill flash em inglês.
Imagine a cena:
Você está fotografando uma pessoa ao meio dia com sol a pino. Como falei a algumas postagens atrás, a luz do sol é umas das luzes que mais produzem sombras, uma luz muito dura. Justamente nas pessoas a pior sombra produzida fica na região dos olhos.
Se tentar tirar uma fotografia de pessoa com esse tipo de luz você matará o retrato devido que a região dos olhos é a alma do retrato. Claro que como já falei, sempre existem exceções.
A única alternativa é usar uma luz artificial para cobrir a região. Geralmente temos o flash da câmera, aliás pode ser qualquer tipo de flash, inclusive o embutido. Então como fazer? Vamos ver.
-Primeiro é preciso medir a luz gral da cena, incluindo as áreas de altas e baixas luzes (A parte mais clara e mais escura da cena) obtendo a correta exposição da cena. Em cima dessa correta exposição devemos seguir os passos a seguir.
-Precisamos ter certeza que a velocidade do obturador não ultrapasse a velocidade de sincronismo do flash. Geralmente quando o flash da câmera é ligado ela própria limita a velocidade do obturador até a máxima de sincronismo.
-Agora com flash TTL (lembre-se, quando falo aqui TTL também quero dizer os flashes E-TTL, i-TTL e afins) temos que compensar a exposição do flash para menos para que dispare com menos força que o necessário para preencher toda a cena. Quanto menos colocamos de exposição menos efeito vai se obter preencher as sobras em contrapartida menos dará para perceber que foi disparado o flash na cena. Aqui precisamos buscar um equilíbrio.
-Nos flashes automáticos sem a medição TTL, suponhamos que obtive a fotometria correta usando f:11 1/125. Vou dar uma "enganada" no flash e dizer que estou fotografando com abertura f:8 na objetiva, mas a objetiva vai continuar em f:11 e então ele vai disparar com 1 ponto a menos de luz.
-Nos flashes manuais dá um pouquinho mais de trabalho. Além de medir a cena, precisamos calcular quantidade de luz do flash na cena, como expliquei nas primeiras postagens sobre flash e compensar negativamente para que o flash dispare com menos força doque o necessário para quando queremos preencher completamente a cena que como expliquei anteriormente precisamos buscar um equilíbrio para que possamos preencher as sombras sem que de para o espectador perceba o disparo do flash.
Se caso a velocidade do obturador ultrapasse a velocidade de sincronismo, que geralmente acontece em ambientes muito claros, normalmente temos três opções:
-Usar uma abertura menor na objetiva. Mas lembrando que o flash tem uma potência de disparo limitada. Não adianta fotografar uma pessoa a três metros de distância em f:32 com o flash embutido que não funcionará. Precisamos calcular até onde a luz do flash chegará como expliquei anteriormente.
-Usar um ISO mais baixo, mas assim como a dica anterior quanto menor o ISO menos distância a luz do flash alcançará.
-Ou nos flashes mais modernos usar a opção de sincronia rápida (High Speed Synch). Nessa opção a câmera libera para que sejam usadas todas as velocidades do obturador. O inconveniente aqui é que essa opção come as pilhas utilizadas no flash e também não pode ser usada muitas vezes pois o flash quase sempre disparará na potência máxima aquecendo e podendo até resultar na queima do flash.
Até a próxima dica.
Até lá, treinem bastante pois só com a prática e que chegamos perto da perfeição!
Nenhum comentário:
Postar um comentário