Olá,
Como na dica anterior eu falei de flash de preenchimento, hoje vou falar sobre gel de correção de cor.
O gel de correção de cor na verdade não é um gel, é um tipo de plástico colorido especial que encaixado na frente do flash muda a temperatura de cor do mesmo.
Não tente colocar qualquer plástico na frente do flash pois ele pode derreter devido a alta temperatura estragando permanentemente seu precioso flash.
Ele é muito usado em fotografias mais artísticas ou quando a cena tem uma iluminação "feia".
O gel de correção é tipo aqueles filtros coloridos que é colocado na frente das objetivas para alterar a tonalidade da fotografia, mas diferente deles o gel de correção só funciona onde a luz do flash chega.
Quando fotografamos a noite por exemplo a luz da rua deixa nossas fotos com tom amarelado, se dispararmos o flash nessa situação como expliquei na postagem anterior, onde a luz do flash "bate" fica com um tom feio e azulado? Esse é um dos casos que se tivesse com o gel de correção âmbar esse efeito não aconteceria pois o flash também através do gel emitiria uma luz alaranjada.
Existem por ai várias cores de gel de correção mas os mais usados são o CTO, gel de correção laranja para esses tipos de fotos a noite onde a temperatura da luz ambiente chega a 2800k e o FL-D, Gel de correção para luz fluorescente.
Como expliquei em balanço de branco a luz fluorescente emite uma luz esverdeada que é um pouco mais chata de corrigir principalmente se tiver uma segunda fonte de luz na foto como a luz do flash.
Para tirar essa tonalidade verde e o flash não se tornar tão perceptível. O ideal é regular o WB da câmera para fotos com luz fluorescente e disparar com o gel de correção acoplado no flah tendo o resultado uma cena com tons mais corretos. Claro que isso depende de quanto a sua câmera consegue corrigir esse tipo de luz, muitas até precisando usar um balanço de branco personalizado para o ambiente.
Como falei, o gel de correção só faz efeito onde o flash chega e da mesma forma com filtros de qualidade, quanto maior a potência do flash mais o filtro fará efeito. O ideal é equilibrá-lo com a cena e com o efeito pretendido. Também como tudo que é colocado em frente da luz rouba uns pontinhos de luz o uso de gel de correção em frente à luz do flash fará também ele "perder" potência. Ai depende da qualidade e características dos acessórios que são usados.
O Gel de correção também é usado para mudar a temperatura de cor esfriando ou aquecendo a fotografia dando um "ar" diferente na fotografia alterando só a parte onde a luz do flash chega. Também usado em um segundo flash longe da câmera, num flash remoto.
E sobre uso do flash remoto que vou começar a falar nas próximas postagens.
Até lá!
domingo, 30 de setembro de 2012
Gel de correção de cor
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sábado, 15 de setembro de 2012
Flash de preenchimento (Fill flash)
Olá pessoal.
Muitas pessoas pensam que o flash serve só para tirar fotos com pouca ou nenhuma luz o que é uma inverdade.
O flash também pode ser usado em dias com muito sol quando existe aquela luz dura. Ele é usado justamente para preencher as sombras (sem que apareça o disparo, que seria o ideal). O nome dessa técnica é flash de preenchimento ou fill flash em inglês.
Imagine a cena:
Você está fotografando uma pessoa ao meio dia com sol a pino. Como falei a algumas postagens atrás, a luz do sol é umas das luzes que mais produzem sombras, uma luz muito dura. Justamente nas pessoas a pior sombra produzida fica na região dos olhos.
Se tentar tirar uma fotografia de pessoa com esse tipo de luz você matará o retrato devido que a região dos olhos é a alma do retrato. Claro que como já falei, sempre existem exceções.
A única alternativa é usar uma luz artificial para cobrir a região. Geralmente temos o flash da câmera, aliás pode ser qualquer tipo de flash, inclusive o embutido. Então como fazer? Vamos ver.
-Primeiro é preciso medir a luz gral da cena, incluindo as áreas de altas e baixas luzes (A parte mais clara e mais escura da cena) obtendo a correta exposição da cena. Em cima dessa correta exposição devemos seguir os passos a seguir.
-Precisamos ter certeza que a velocidade do obturador não ultrapasse a velocidade de sincronismo do flash. Geralmente quando o flash da câmera é ligado ela própria limita a velocidade do obturador até a máxima de sincronismo.
-Agora com flash TTL (lembre-se, quando falo aqui TTL também quero dizer os flashes E-TTL, i-TTL e afins) temos que compensar a exposição do flash para menos para que dispare com menos força que o necessário para preencher toda a cena. Quanto menos colocamos de exposição menos efeito vai se obter preencher as sobras em contrapartida menos dará para perceber que foi disparado o flash na cena. Aqui precisamos buscar um equilíbrio.
-Nos flashes automáticos sem a medição TTL, suponhamos que obtive a fotometria correta usando f:11 1/125. Vou dar uma "enganada" no flash e dizer que estou fotografando com abertura f:8 na objetiva, mas a objetiva vai continuar em f:11 e então ele vai disparar com 1 ponto a menos de luz.
-Nos flashes manuais dá um pouquinho mais de trabalho. Além de medir a cena, precisamos calcular quantidade de luz do flash na cena, como expliquei nas primeiras postagens sobre flash e compensar negativamente para que o flash dispare com menos força doque o necessário para quando queremos preencher completamente a cena que como expliquei anteriormente precisamos buscar um equilíbrio para que possamos preencher as sombras sem que de para o espectador perceba o disparo do flash.
Se caso a velocidade do obturador ultrapasse a velocidade de sincronismo, que geralmente acontece em ambientes muito claros, normalmente temos três opções:
-Usar uma abertura menor na objetiva. Mas lembrando que o flash tem uma potência de disparo limitada. Não adianta fotografar uma pessoa a três metros de distância em f:32 com o flash embutido que não funcionará. Precisamos calcular até onde a luz do flash chegará como expliquei anteriormente.
-Usar um ISO mais baixo, mas assim como a dica anterior quanto menor o ISO menos distância a luz do flash alcançará.
-Ou nos flashes mais modernos usar a opção de sincronia rápida (High Speed Synch). Nessa opção a câmera libera para que sejam usadas todas as velocidades do obturador. O inconveniente aqui é que essa opção come as pilhas utilizadas no flash e também não pode ser usada muitas vezes pois o flash quase sempre disparará na potência máxima aquecendo e podendo até resultar na queima do flash.
Até a próxima dica.
Até lá, treinem bastante pois só com a prática e que chegamos perto da perfeição!
Muitas pessoas pensam que o flash serve só para tirar fotos com pouca ou nenhuma luz o que é uma inverdade.
O flash também pode ser usado em dias com muito sol quando existe aquela luz dura. Ele é usado justamente para preencher as sombras (sem que apareça o disparo, que seria o ideal). O nome dessa técnica é flash de preenchimento ou fill flash em inglês.
Imagine a cena:
Você está fotografando uma pessoa ao meio dia com sol a pino. Como falei a algumas postagens atrás, a luz do sol é umas das luzes que mais produzem sombras, uma luz muito dura. Justamente nas pessoas a pior sombra produzida fica na região dos olhos.
Se tentar tirar uma fotografia de pessoa com esse tipo de luz você matará o retrato devido que a região dos olhos é a alma do retrato. Claro que como já falei, sempre existem exceções.
A única alternativa é usar uma luz artificial para cobrir a região. Geralmente temos o flash da câmera, aliás pode ser qualquer tipo de flash, inclusive o embutido. Então como fazer? Vamos ver.
-Primeiro é preciso medir a luz gral da cena, incluindo as áreas de altas e baixas luzes (A parte mais clara e mais escura da cena) obtendo a correta exposição da cena. Em cima dessa correta exposição devemos seguir os passos a seguir.
-Precisamos ter certeza que a velocidade do obturador não ultrapasse a velocidade de sincronismo do flash. Geralmente quando o flash da câmera é ligado ela própria limita a velocidade do obturador até a máxima de sincronismo.
-Agora com flash TTL (lembre-se, quando falo aqui TTL também quero dizer os flashes E-TTL, i-TTL e afins) temos que compensar a exposição do flash para menos para que dispare com menos força que o necessário para preencher toda a cena. Quanto menos colocamos de exposição menos efeito vai se obter preencher as sobras em contrapartida menos dará para perceber que foi disparado o flash na cena. Aqui precisamos buscar um equilíbrio.
-Nos flashes automáticos sem a medição TTL, suponhamos que obtive a fotometria correta usando f:11 1/125. Vou dar uma "enganada" no flash e dizer que estou fotografando com abertura f:8 na objetiva, mas a objetiva vai continuar em f:11 e então ele vai disparar com 1 ponto a menos de luz.
-Nos flashes manuais dá um pouquinho mais de trabalho. Além de medir a cena, precisamos calcular quantidade de luz do flash na cena, como expliquei nas primeiras postagens sobre flash e compensar negativamente para que o flash dispare com menos força doque o necessário para quando queremos preencher completamente a cena que como expliquei anteriormente precisamos buscar um equilíbrio para que possamos preencher as sombras sem que de para o espectador perceba o disparo do flash.
Se caso a velocidade do obturador ultrapasse a velocidade de sincronismo, que geralmente acontece em ambientes muito claros, normalmente temos três opções:
-Usar uma abertura menor na objetiva. Mas lembrando que o flash tem uma potência de disparo limitada. Não adianta fotografar uma pessoa a três metros de distância em f:32 com o flash embutido que não funcionará. Precisamos calcular até onde a luz do flash chegará como expliquei anteriormente.
-Usar um ISO mais baixo, mas assim como a dica anterior quanto menor o ISO menos distância a luz do flash alcançará.
-Ou nos flashes mais modernos usar a opção de sincronia rápida (High Speed Synch). Nessa opção a câmera libera para que sejam usadas todas as velocidades do obturador. O inconveniente aqui é que essa opção come as pilhas utilizadas no flash e também não pode ser usada muitas vezes pois o flash quase sempre disparará na potência máxima aquecendo e podendo até resultar na queima do flash.
Até a próxima dica.
Até lá, treinem bastante pois só com a prática e que chegamos perto da perfeição!
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