sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Compensação de exposição

Na postagem anterior eu falei sobre fotometria mas também disse que o fotômetro pode errar a medição da luz.

Para fazer a medição correta da cena é preciso enxergar como o fotômetro enxerga e onde ele está medindo a cena. Precisamos nos abster das cores para enxergar mais precisamente a luz e fazer o julgamento do que é e o quanto e mais claro ou mais escuro que o cinza neutro.

Se eu estou medindo a cana num ponto escuro eu uso a escala negativa, e se for uma coisa clara uso a escala positiva. No caso da cena que descrevi na postagem anterior e for fotografar alguém com a camiseta branca e o fotômetro mediu a cena nessa camisa, provavelmente a foto sairá escura. Para que eu possa corrigir isso vou provavelmente precisar usar um ponto a mais de luz para que a cena fique corretamente exposta. Mas como farei isso? Através dos controles de abertura, obturador e o ISO.

Primeira foto: fotometria correta
No exemplo da foto acima usei uma foto em preto e branco para demonstrar como funciona. Montei a cena usando três camisas pendurada no varal. Uma preta, uma cinza no meio e uma branca. Na primeira foto fiz a fotometria na camisa cinza deixando o fotômetro no zero e obtive a exposição correta com abertura f-4.5 e 1/500 de velocidade.

segunda foto: subsposta
Agora nessa segunda foto eu fiz a fotometria na camisa branca mas não compensei a exposição deixando o fotômetro no zero e com isso a camisa branca ficou num tom de cinza e a cinza parecendo preta e a preta quase sumiu da cena ou seja, a imagem ficou subposta porque o fotômetro me indicou que a foto ficaria bem exposta com abertura f-4.5 e 1/3000 de velocidade.

terceira foto: superexposta
 Na terceira foto é a pior situação principalmente nas câmeras digitais. Fiz a fotometria na camisa preta e deixei o fotômetro no zero. Perceba que quase não dá para ver a camisa branca e parte do varal onde pendurei as roupas perdendo a informação da parte mais clara da foto. Mesmo escurecendo essa foto no computador depois, a área mais clara ficará perdida pois não existe mais informação daquele local a ser recuperada. Essa foto é um exemplo de uma foto superexposta e fotômetro me indicando que a exposição ideal seria se eu mantendo os mesmos f-4.5 de abertura mas com a velocidade de 1/90.

Para compensar o erro do fotômetro nas duas ultimas situações eu devia manter o indicador na escala positiva na hora de fazer a fotometria na camisa branca e na escala negativa quando usar a preta para fotometrar. Por exemplo quando eu estivesse fotometrando na branca camisa branca o fotômetro estaria me indicando na escala +2 pontos e meio. Já na camisa preta estaria me indicando –2 pontos e meio a menos do que o zero. Isso me daria a mesma configuração de quando fiz a fotometria na camisa cinza, os f-4.5 de abertura e 1/500 de velocidade.

Fotometria correta
 Assim como usei apenas a velocidade para fazer a compensação de exposição desses dois pontos e meio para não alterar a "configuração” da cena já que é uma cena estática, posso também compensar a fotometria alterando a abertura e deixando a velocidade inalterada mas isso implicaria em alteração da profundidade de campo como falei nas postagens anteriores ou também posso alterar o ISO da câmera já que estou trabalhando numa digital que me proporciona essa facilidade. Também posso compensar usando uma combinação dos três elementos, velocidade, abertura e ISO. Posso por exemplo compensar meio ponto na abertura, um ponto na velocidade e mais um ponto no ISO me dando um total de 2 pontos e meio de compensação que é o que precisaria nesse caso se estivesse fotometrando tanto na camiseta branca ou preta.

 Esse foi o último post desse ano mas continuem acompanhando o blog fotodica.

Então um ótimo ano novo com muitas fotografias e aprendizado, claro que saúde e felicidade também!

Próximo post, dia 15 de janeiro de 2012, vou falar sobre tipos e caracteristicas de luz.

Aguardem!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Fotometria

Para conseguirmos imagens realmente boas precisamos cuidar da fotometria correta da cena.

Fotometria significa medição da luz (foto=luz metria=medição). Podemos conseguir isso regulando o obturador, diafragma e o ISO da câmera.

Para auxiliar nessa tarefa existem os fotômetros que são aparelhos que medem a luz.
Fotômetro de mão
As câmeras, principalmente em quase todas as reflex possuem um fotômetro embutido. Podem ser de vários tipos como pontos de luz no visor, um símbolo de positivo e negativo com um zero no meio ou o mais comum hoje em dia é uma escala com números parecendo uma régua.

Fotômetro da câmera
No caso vou falar aqui do fotômetro da câmera.
Quando se usa a câmera no modo automático o fotômetro sempre estará foto metrando o objeto fotografado como se fosse o cinza neutro.
No fotômetro existe a escala negativa e positiva do medidor. Como falei o meio do fotômetro existe o zero. Abaixo do zero é a escala negativa. (–2, –1) e após o zero a escala positiva (+1, +2)

Esses números são chamados de pontos. Cada ponto mede o dobro de luz do seu anterior. Entre eles existe os terços de pontos ou o meio ponto dependo como a câmera está configurada.

Tanto no controle de abertura do diafragma quanto no controle de tempo de exposição existe os pontos e todos se equivalem de forma inversa. Se uso um ponto a mais de um, tenho que compensar tirando o ponto do outro. Por exemplo se fecho um ponto da objetiva, preciso expor por mais tempo o filme ou o sensor à luz para que consiga a mesma exposição da cena.

Quais são considerados pontos comuns?

Da Objetiva – 1.8, 2, 2.8, 4, 5.6, 8, 11, 16, 22, 32, 45…

Do Obturador – 1000, 500, 250, 125, 60, 30, 15, 8, 4…

Para esclarecer mesmo o que quis dizer acima vou dar um exemplo.

Se eu estiver fotografando uma cena em abertura f-5.6 e com velocidade 1/250 e quiser a mesma exposição mas quiser ter uma profundidade de campo maior e com isso tive que fechar o diafragma para f-22. De f-5.6 para f-22 são quatro pontos de luz a menos que vão atingir o sensor. Se o fotômetro estivesse no zero ele ia cair para a escala negativa de –4 pontos dizendo que a foto ia ficar bem escura que também chamamos de subposta. Para a foto voltar a ficar bem exposta preciso mexer no obturador deixando 4 pontos mais tempo aberto. Contando na tabelinha acima seria a velocidade de 1/15 assim o fotômetro voltando para o zero e expondo a cena corretamente. Mas nem sempre o fotômetro estando no zero quer dizer que a cena está corretamente exposta.

Qualquer fotômetro “enxerga” o mundo em escala de cinzas. No meio dessa régua é onde está localizado o cinza neutro também conhecido como cinza 18%. Nos fotômetros isso é representado por algum símbolo diferenciado na escala ou mesmo o número zero mas geralmente encontrado no meio da escala. O fotômetro além de não conseguir distinguir cores ele também não distingue o branco do preto para ele tudo que ele está medindo é como se fosse o cinza neutro é ai que acontece algumas “falhas humanas” na hora de interpretar a cena.



Na foto acima o fotômetro mediu a luz na camisa preta a conseqüência disso que a foto ficou clara demais. Nesse ponto que entra a compensação de exposição que vou falar no próximo post.
Aguardem!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O Obturador


O Obturador é um sistema que controla o tempo em que a luz ficará exposta no filme fotográfico ou sensor de imagem.

O obturador usado nas câmeras digitais 35mm é chamado de obturador de plano focal. É um sistema de cortinas que abrem e fecham vertical o horizontalmente em determinadas velocidades para passagem da luz. Ele é assim chamado pois fica logo a frente do filme que é o plano focal.

A velocidade do obturador para a passagem de luz é feita através de vários segundos até mínimas frações de segundo. Esse tempo chamamos de tempo de exposição.como no exemplo abaixo.
30s , 15s, 8s, 4s, 2s, 1s, 0.5s, 1/4s, 1/8s, 1/15s, 1/30s, 1/60s, 1/125s, 1/250s, 1/500s, 1/1000s

Cada um desses números expõe o sensor ou filme ao dobro de luz do seu anterior. Por exemplo a velocidade de 1/60 deixa passar o dobro de luz da velocidade 1/125 que por sua vez expõe o filme ao dobro de luz da velocidade 1/250. Para facilitar, assim como nas abertura, não precisamos falar a fração inteira, apenas o número após a barra. Em vez de falar que usei um centro e vinte e cinco avos de segundo de velocidade, apenas falo que usei velocidade cento e vinte e cinco. Quando for segundos a mesma coisa. Usei quinze segundos por exemplo.

Velocidade de 1 segundo

Velocidade de 1/125s

Hoje em dia é comum encontrar câmeras com velocidades de obturador que chegam a 1/8000 e algumas chegam além dos 1/16000! Isso porque ocorre uma sequencia de fatos quando o botão do obturador é pressionado. Nas câmeras reflex depois que o botão é pressionado o diafragma se fecha até a  abertura regulada, depois disso o espelho sobe e só então é que o obturador se abre. Depois a sequencia é invertida, o obturador se fecha, o espelho é liberado e volta a posição original e em seguida o diafragma se abre. tudo isso em milésimos de segundo.

 O Obturador também é responsável por alguns efeitos nas fotos.

Com a variação de velocidade ou podemos congelar a cena com velocidades rápidas ou dar impressão de movimento com velocidades do obturador mais lentas, usando velocidades muito lentas é que acaba acontecendo as fotos tremidas e borradas. Uma pessoa consegue normalmente segurar a câmera tranquilamente em velocidades de 1/125s ou até mesmo 1/60s abaixo de 1/30s que começa a ser considerado velocidade lenta, mas sobre esses efeitos vou falar nas próximas postagens.


O Obturador também deve ser usado em conjunto com a abertura da objetiva e o ISO da câmera para uma exposição correta do filme. Isso se dá através de uma fotometria correta que será alvo do meu próximo post.

Até lá!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Distância Hiperfocal

Vale do Anhangabaú - SP

Como falei no post anterior sobre profundidade de campo, hoje vou falar sobre distância hiperfocal. E também é agora que vocês vão ver como fotografia não é apenas apertar o botão do disparador.

Distância hiperfocal a grosso modo significa aproveitar toda a profundidade de campo no foco infinito e é muito usada para fotografar paisagens. Sabe aquelas fotos em que aparecem tudo em foco desde o primeiro plano até o infinito como na foto da introdução deste post? Então, isso é a distância hiperfocal.

Por questões físicas, uma objetiva não consegue capturar nada além do infinito. Lembra no post anterior que disse que a profundidade de campo se estende do ponto de foco entre a câmera e o fundo? Se eu for por exemplo fotografar uma paisagem provavelmente o foco automático “vai falar” para focar o infinito que tem como símbolo o “oito deitado” ( ). Como a profundidade também se estende também atrás do ponto de foco essa estaria praticamente perdida. Para que eu consiga aproveitar completamente a profundidade de campo, terei que enganar o foco automático.



Mas atenção, essa dica só vale se usar o foco manual das objetivas, se tentar focar manualmente com o foco automático ativado você poderá estragar o motor de foco ok!

Em objetivas fixas antigas existe além das marcações da distância focal e abertura, existe também entre eles ou umas linhas como na foto do exemplo com numerações repetidas dos dois lados ou somente os números como se fosse da abertura. Essa marcação é a escala de profundidade de campo.




 Infelizmente hoje em dia é muito difícil objetivas que tenham esse recurso.
No exemplo da foto nessa objetiva de 55mm, se eu focar no infinito em f-16 reparem que as linhas passaram do marcador do infinito, ou seja, toda essa faixa não seria aproveitada no primeiro plano.



Mas se eu fazer com que as linhas terminem no infinito terei completamente a profundidade de campo que começaria dos três metros indo até o infinito.
Distância hiperfocal
 
Como estou usando uma abertura bem fechada o desfoque seria bem sutil dando a impressão que tudo está em foco. Se a objetiva não tiver essas linhas, o outro modo de achar a distância hiperfocal e colocar o anel de foco no infinito e ver na escala de profundidade de campo o número no anel de foco em cima da abertura desejada, feito isso, regule o foco para esse número então é não mexer mais na objetiva e tirar a foto. No caso do exemplo abaixo, Escolhi fotografar em f-16. O número que estava logo acima do 16 na escala de profundidade de campo foi o número 4. Então só tive que regular o foco como se eu estivesse tirando uma foto com o assunto a 4 metros de distância e tudo que está entre dois metros e meio até o infinito vai estar nítido.




Esse efeito é muito interessante usando objetivas grande angulares pois a profundidade de campo é muito maior com isso o ponto de onde foi dado o foco fica muito menos pronunciado nesse tipo de objetiva.

Atenção novamente: Essa dica funciona perfeitamente em câmeras de filme ou fullframe, em câmeras cropadas devido ao tamanho do sensor há uma alteração no calculo de profundidade de campo.

 Nas objetivas mais novas onde não existe essa marcação podemos contornar o problema. Existe na internet algumas calculadoras de profundidade de campo e distância hiperfocal, infelizmente a grande maioria, se não forem todas são em inglês, mas acho que dá para quebrar o galho.

Existe também infelizmente objetivas que não contem marcação alguma, nem de foco, ai fica praticamente impossível usar essa técnica. Para essas objetivas podemos focar em alguma coisa no meio do caminho, entre o primeiro plano e o fundo. Nem sempre dará certo mas é um jeito.

Abraço e até a próxima dica!

domingo, 30 de outubro de 2011

Abertura


A abertura de uma objetiva é controlado pelo diafragma. O diafragma é um sistema que consiste em várias laminas de metal existente no interior da objetiva e ele é responsável por regular a quantidade de luz que passará por ela e também pela profundidade de campo.

A regulagem da quantidade de luz da objetiva chamamos de abertura. A Abertura é expressa através de uma relação numérica por exemplo: f-1:1.8. Através dessa relação sabemos se uma objetiva é clara ou escura. Quanto menor for o número mais clara a objetiva será. Por exemplo uma objetiva f-1:1.8 é mais clara do que uma objetiva f-1:5.6, da mesma forma que uma objetiva f-1:4 é mais escura que uma f-1:2. Na hora que queremos nos expressar não precisamos falar da relação inteira, simplesmente dizemos o numeral depois dos dois pontos. em vez de falar abertura 1:1.8 podemos dizer apenas abertura 1-8 (um oito). Na foto abaixo podemos ver como ela é descrita na objetiva:

Objetiva 50mm com abertura f-1:1.8

Também como falei no início podemos regular a profundidade de campo através do diafragma, vou explicar.

Em qualquer tipo de câmera podemos focar apenas em um ponto da imagem, por isso existe a expressão ponto de foco. O ponto onde foi dado o foco sempre será a parte mais nítido da fotografia, o restante da fotografia apenas terá a impressão de foco.
 
Nas objetivas mais antigas podemos ver na parte superior dela que existem números como 1.8, 2, 2.8, 4, 5.6, 8, por ai vai, nas câmeras digitais esses números aparecem no display LCD conforme vamos regulando. Quanto maior o número mais profundidade de campo a foto terá. No exemplo abaixo você pode ver duas fotos com aberturas diferentes.


F 1.8


F 22
Eu dei o foco sempre no cachorro, agora reparem que na primeira foto mal conseguimos distinguir que atrás do cãozinho existe um relógio, já na segunda foto em que usei uma abertura bem menor para obter maior profundidade de campo podemos até ler as horas.
A profundidade de campo começa do centro onde o foco foi feito, no caso o cachorrinho, se estendendo horizontalmente entre a câmera até o fundo. Na simulação da foto acima podemos ver o que quis dizer.

Profundidade de campo com abertura f1.8



Profundidade de campo com abertura f22

 A parte mais clara da imagem é onde terei uma nitidez aceitável.
 Para compensar a menor abertura da objetiva precisei usar um tempo de exposição maior e isso é feito através da regulagem do obturador que vou falar nas próximas postagens.

Até lá!

sábado, 15 de outubro de 2011

Fator de corte


Qualquer câmera digital com exceção das câmeras fullframe tem sensores de imagem de menor área do que um quadro do negativo.
O negativo comum de 35mm mede 36mm X 24mm dando uma diagonal de 43mm, aliás é por isso que a objetiva 50mm é considerada normal. Já o sensor usado no exemplo abaixo mede 22,2mm X  14,8mm que dá uma diagonal de 27mm, e é nessa área que será capturada a imagem, isso implica no fator de corte (crop). A parte periférica da imagem que a objetiva “enxerga” não é capturada pelo sensor de imagem e nisso ela não é registrada. Isso não altera a distância focal da objetiva, mas altera seu ângulo de visão. Por exemplo, uma Objetiva 50mm sempre vai se comportar como uma 50mm só que se o sensor for 1.6x menor que o negativo ela terá o ângulo de visão de uma objetiva de 80mm (50mm X 1.6 = 80mm). No visor da câmera você verá o que o sensor está enxergando e o que será capturado.

Abaixo a diferença entre um quadro do negativo e o sensor representado pelo retângulo azul.
 
Negativo 35mm X Sensor DSLR APS-C
Essa diferença é comum nas câmeras DSLR, nas compactas o sensor é bem menor dando um efeito mais apurado.

Aqui também vemos a mesma foto produzida pelo negativo (ou câmera digital fullframe) e abaixo  em um sensor "cropado"
FOTO COM NEGATIVO (ou digital fullframe)


FOTO COM DIGITAL "cropada"

Mesmo estando na mesma distância do objeto e com a mesma distância focal perceba como perdi as bordas da imagem, inclusive a flor no canto inferior direito. A sensação que dá é que eu usei o zoom da câmera.

Abaixo está a visualização o que foi cortado na imagem. A parte mais escura é o que saiu da imagem. Só a parte mais clara é o que o sensor capturou.


esquema

 Se quisermos ter o ângulo de visão de uma objetiva de 50mm é só dividir a distância focal de 50mm pelo fator de corte do sensor. No caso do exemplo acima será 50mm ÷ 1.6 = 31.25. A objetiva que mais apropriada já que não existe objetiva de 31mm seria a 35mm.


Espero que tenham entendido pois é muito importante saber isso antes de comprar sua próxima câmera e objetiva.

Até mais!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Objetivas


Objetivas nada mais são que um conjunto de lentes que possibilitam o foco da imagem.

Existem três grupos básicos de objetivas diferenciando-se apenas pela distância focal.

Distância focal, para resumir, é a distância do centro da objetiva focada no infinito onde a luz converge até o plano focal que seria o filme fotográfico ou o sensor de imagem. Ela é expressa em milímetros e é inversamente ao ângulo de visão que ela capta.

Existem três grupos básicos de objetivas.

As Normais:
















Objetiva normal é chamada assim porque cobrem o mesmo ângulo de visão do olho humano, 46º. A distância focal dela numa câmera de pequeno formato é de 50mm, também chamada carinhosamente de cinquentinha.

Grande Angulares:












Objetiva grande angular são todas aquelas que tem distância focal menor do que 50mm e como o próprio nome já diz ela tem um grande campo de visão chegando até 180º nas objetivas de 8mm. Nesse grupo estão situadas as objetivas olho de peixe. Elas são de difícil utilização pois é o grupo que mais distorce a fotografia.

Tele-objetivas:









Ou simplesmente tele, são objetivas com distância focal maior que 50mm. Elas tem um ângulo de visão bem restrito. São usadas geralmente para fotografar assuntos a distância como fotos de natureza ou esportes onde não dá para chegar próximo para fazer a foto. Também de difícil utilização (principalmente as objetivas que tem maior distância focal) porque é objetiva que mais “sente” o tremor das mãos do fotógrafo resultando em fotos tremidas ou borradas mas existem objetivas com estabilizador de imagem que minimiza bastante esse problema.

Objetivas Zoom:












Em todos os grupos temos as objetivas zoom que são objetivas com a distância focal variável. São muito práticas pois não precisa que o fotógrafo troque a toda hora a objetiva dependendo do assunto.

Por exemplo, uma objetiva com a nomenclatura 75-300mm significa que ela é uma teleobjetiva zoom onde a menor distância focal é 75mm e a maior distancia focal que ela alcança é 300mm.

No exemplo abaixo eu tirei duas fotos na mesma distância do objeto apenas alterando a distância focal da objetiva, ou seja dando um zoom.


 Foto com a menor distância focal:
 

Menor distância focal: 75mm

 


 Foto com a maior distância focal:





Maior distância focal: 300mm











Temos também objetivas zoom que vão desde uma grande angular até tele-objetiva. Um exemplo é a objetiva 18-200mm em que na posição de 18mm como foi explicado acima é grande angular e na posição 200mm já que considerada tele-objetiva.

Toda objetiva também possui a distância mínima de foco que tem como símbolo uma flor, ela indica a distância mínima que a objetiva precisa ficar do objeto para conseguir focá-lo.
Distância mínima de foco da tele-objetiva 75-300: um metro e meio ou 4.9 pés
Existem objetivas que permitem que chegue mais próximo ao assusto mesmo tendo a mesma distância focal, são as Objetivas Macro.

Objetivas Macro:
Foto c/ objetiva Macro
 Objetivas MACRO são usadas para tirar fotos bem perto do assunto. São usadas principalmente para tirar fotos de flores, insetos e objetos bem pequenos. Macrofotografia não é apenas uma foto de perto, mas uma foto que mostre mais detalhes do que o olho humano consegue enxergar fazendo um mundo pequeno parecer macro, grande, por isso o nome desse tipo de fotografia, no caso a foto que usei como exemplo possui o tamanho menor que uma moeda de um centavo. Existem acessórios como filtros ou tubos de extensão que podem transformar uma objetiva normal em macro.

Na objetiva também encontra-se o diafragma que é responsável pela quantidade de luz que passará da objetiva mas sobre ele e seus efeitos na fotografia vou falar nas próximas postagens.
Até mais!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Segurando corretamente a câmera

Sei que parece um assunto meio banal mas resolvi colocar esse post agora porque vejo muitas pessoas segurando de maneira equivocada suas câmeras DSLR, talvez por costume ou mesmo por não saber a posição correta mesmo tenho explicado em qualquer manual. Aliás é muito importante ler o manual da sua câmera pois é lá que existem informações preciosas.

Como no exemplo abaixo, vejo muitas pessoas que seguram as DSLR como se fossem câmeras compactas com uma mão de cada lado da câmera, isso não dá firmeza nenhuma já que a empunhadura e peso são completamente diferentes uma da outra, perigo de deixar até a câmera cair nesse caso.



Vejo também pessoas que seguram de uma maneira quase correta, o erro, não sei se por serem canhotas, invertem a mão que segura a objetiva deixando o polegar para baixo da câmera e seguram somente a objetiva na mão esquerda, a câmera fica sem apoio nenhum, até já tentei mas é impossível fotografar assim com uma velocidade mais baixa. Essa posição também não deixa nada pratico os controles, principalmente de zoom e foco.

Também vejo pessoas que parecem um poste ao fotografar com os dois pés bem juntos mesmo tendo como melhorar a posição, nesse caso o corpo da pessoa que não terá firmeza e qualquer ventinho mais forte fará o fotógrafo se mexer, é o mesmo que tentar equilibrar um cabo de vassoura apenas apoiando no chão. Mesmo segurando a câmera corretamente, provavelmente as fotos sairão bem tremidas mesmo usando uma velocidade relativamente boa.


O ideal de segurar uma câmera DSLR é fazer uma base de apoio com os pés bem apoiados no chão um pouco mais afastado do que a largura do ombro do fotógrafo com um ligeiramente a frente do outro para que o fotógrafo ganhe firmeza e equilíbrio como no exemplo abaixo. Também os cotovelos devem ficar juntos ao corpo exercendo uma ligeira pressão sobre o tórax para que o corpo haja como um tripé.

     Maneira correta            Empunhadura                                Base                            
Câmera na mão o ideal é apoia-la na mão esquerda pegando da objetiva ao corpo como se colocasse em uma mesa, com os dedos indicador e polegar no controle de foco ou zoom da objetiva segurando sem força mas firmemente. Essa posição proporciona uma enorme agilidade nos controles. A mão direita é mais intuitiva já que a própria empunhadura praticamente “guia” os dedos em volta da câmera sendo que o dedo indicador é o que aciona o disparador e o polegar fica na parte de trás da câmera junto ao rosto.

Falando em rosto, pode reparar principalmente olhando a câmera de cima, que o visor é deslocado para a esquerda e praticamente todos os controles mais usados são do lado direito. Isso porque as câmeras fotográficas, mesmo as mais antigas, são feitas para fotografar com o olho direito. Nem todos conseguem ou se sentem a vontade e eu sou um deles, uso o esquerdo para fotografar. Para dar mais firmeza também é preciso pressionar levemente a câmera contra o rosto e o visor deve estar bem no seu olho. Uma dica que também a maioria não se sente bem é fotografar com os dois olhos abertos esquecendo aquela velha “pose” de fotógrafo, que então você terá a visão do que queira fotografar antes mesmo de ver no visor e se preparando para o click.

Muito importante também é sempre usar a alça de de punho no caso das compactas ou a de ombro nas DSLR para evitar que ela caia. Isso lhe dará mais segurança ao fotografar. A alça de ombro, aquela mais larga, enquanto fotografa pode ser usada em volta do pescoço ou mesmo enrolada em volta do pulso. Como falei, isso evita tanto a queda da câmera por algum descuido ou distração como também trombadinhas que tentam puxar os pertences das mãos das pessoas. Quando usar no pescoço é interessante deixar a câmera na altura do peito e não na barriga, assim se caso você caia, a câmera dificilmente baterá no chão com toda força. Já teve um caso comigo de um menino numa distração minha em uma festa, dele puxar a câmera das minhas mãos e se eu não tivesse com a alça amarrada no braço a tragédia ia ser grande mas graças a essa dica a câmera nada sofreu.

Por hoje é isso e bons clicks!

Até!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

O Corpo

Não, não estou falando de um crime ou de uma pessoa morta, mas sim do corpo da câmera fotográfica.
Construído geralmente com chassis de metal e hermeticamente vedado a luz para funcionar como uma câmara escura, comumente revestido de plástico ou magnésio é nele que fica o negativo no caso das câmeras de filme ou o sensor de imagem no caso das digitais. Nele também ficam a maioria dos componentes eletrônicos, o visor, obturador e o pentaprisma que é o jogo de espelhos para se ter a visão da objetiva no visor no caso das reflex 35mm. Nele também é que o usuário controla a maioria das funções da câmera através dos botões como ajuste de ISO, abertura do diafragma e tempo de exposição.

domingo, 14 de agosto de 2011

A Câmera fotográfica

 A câmera foi inventada por…. Espera ai, acho que ninguém quer ouvir a história de como foi inventada a câmera fotográfica e nem é o objetivo desse blog que é ser prático, de uma linguagem simples onde todos podem compreender.
Vamos começar novamente.
A câmera fotográfica ou máquina fotográfica é um dispositivo que é usado para capturar imagens através de filmes fotográficos ou sensores de imagem. Ela é dividida em duas partes principais, o corpo que é a parte onde ficam alojados o filme ou o sensor de imagem e é totalmente vedado a luz e a objetiva que são conjuntos de lentes por onde a imagem é capturada. Muitas pessoas chamam a objetiva de lente, o que está errado pois ela é um CONJUNTO de lentes.
Hoje em dia as câmeras são divididas em três grupos principais:
Câmeras de pequeno formato ou 35mm que falarei exclusivamente nesse blog , pois são as mais simples, mas existem também as de médio e grande formato que são mais comumente usadas em estúdio e em grandes impressões por oferecerem melhor qualidade na imagem final.
Nesse blog, darei bastante ênfase nas câmeras digitais. Dentre elas são destacados hoje três subtipos.

As compactas:










As câmeras compactas são as câmeras mais simples e fáceis de usar, também conhecidas por point and shot, aponte e dispare no bom português, não tem muitas regulagens a se fazer para a tomada da foto, as digitais além de ter pouco zoom, geralmente por volta de 3X à 5X, tem uma boa qualidade fotográfica em ISOs mais baixos mas devido ao seu minúsculo sensor em ISOs mais altos gera muito ruído (pontinhos indesejáveis) na imagem comprometendo bastante a qualidade da fotografia. Pequenas, dá para levar no bolso sendo útil para ter ela sempre a mão. Hoje em dia a maioria delas tem algum tipo de estabilização de imagem para facilitar ainda mais tirar a foto em condições adversas como um local escuro onde não se pode utilizar o flash. Também conhecido com a sigla IS, os melhores são a estabilização direta na objetiva e também o conhecido sensor shift em que o sensor de imagem compensa o tremular das mãos. Existem também “falsos” estabilizadores de imagem onde a câmera aumenta o ISO para compensar a baixa velocidade e como disse anteriormente isso prejudica a qualidade da foto, mas falarei dele mais adiante.

As Super Zoom

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Muito versáteis, como o próprio nome já diz, essas câmeras possuem um zoom poderoso variando na faixa de 18x à 36x. Com uma e qualidade ótica melhor do que as compactas para “aguentar” o nível de zoom, além de fotos a distância, são ótimas também para fazer fotos macro pois elas geralmente tem a capacidade de praticamente encostar no objeto a ser fotografado limitado apenas pela luz do assunto, que fotografia quer dizer escrever com a luz, onde a luz é a tinta e sem tinta não se escreve nada. Também geralmente fazem filmes de ótima qualidade e em HD e algumas tem a sapata de flash podendo ser utilizado flashes dedicados aumentando consideravelmente o poder de iluminação já que seu flash embutido não passa muito de 5 metros. Fora essas importantes diferenças são praticamente iguais as compactas com apenas alguns recursos a mais. Também são um pouco maiores não dando para levar no bolso ou dificilmente numa bolsa de mulher.

As Reflex (SLR / DSLR)










São consideradas semi-profissionais e profissionais. Com vastos recursos e configurações, sua grande vantagem é poder trocar a objetiva para uma mais adequada ao assunto. Outra coisa importante é que o enquadramento é feito pela própria objetiva através de um jogo de espelhos, ou seja, o que você vê no visor ótico é o que realmente vai sair na fotografia. Nas digitais uma vantagem também é ter um sensor relativamente grande, algumas chegando a ter o tamanho real do negativo chamada de full frame. Isso dá a elas uma qualidade de imagem muito superior as câmeras compactas, chegando próximo a qualidade das fotos tiradas com câmeras SRL de filme. Por causa do tamanho do sensor ela trabalha muito bem em ISOs altos. Hoje uma câmera de entrada chega a ter ISO 12800, inimaginável em uma compacta. Outra vantagem também que é pouco vista em câmeras compactas e nas super zoom é o modo totalmente manual onde o usuário que faz absolutamente todas as configurações antes de bater a foto como balanço de banco, abertura do diafragma e tempo de exposição. Também grava fotos em formato RAW, que é um arquivo proprietário de cada marca (no caso da Canon são arquivos com extensão .CR2) e sem nenhuma compactação, seria equivalente ao negativo digital. A qualidade ótica das objetivas das SLR é muito superior das compactas e geralmente são elas que tem o estabilizador de imagem. Geralmente câmeras semi-profissionais tem flash embutido mas são apenas um pouco mais potentes que nas super zoom, numa emergência dá para serem usados com tranquilidade desde que respeitado sua potência. Nas profissionais já não existe flash embutido, apenas a sapata para colocar um flash dedicado. Ha algum tempo as DSLR tem usado alguns recursos das câmeras compactas como o LiveView onde ao invés de ver a foto no viewfinder, o monitor LCD é que mostra o que vai ser fotografado ou filmado, isso mesmo, essas câmeras agora gravam vídeos inclusive em HD!
Suas desvantagens são o grande peso, tamanho e preço dos acessórios. Também ela não é tão prática de usar como uma compacta e nem  tão versátil como uma super zoom. Imagina o seguinte: Você está fotografando uma pessoa a noite com uma objetiva 35mm ai aparece entre as nuvens aquela lua linda. Se tentar fotografar com a 35mm a lua vai parecer um pontinho de nada na foto então você precisará ter que trocar para uma objetiva de 400mm para ter aquela lua bonita em sua foto, isso se você tiver a tal objetiva que quando vem junto com as SRL são as 18-55mm ou as 28-135mm.
Bom, agora que já falei por cima dos tipos de câmeras de pequeno formato, no próximo post pretendo falar do corpo da câmera SRL, lembrando que nesse blog vou falar mais exclusivamente das digitais DSLR e oque vou falando pode ir sendo adaptado para os outros tipos de câmeras.
Até mais!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Apresentação

Olá, meu nome é Flávio e sou amante da fotografia desde que me conheço por gente. Criei esse Blog para dar dicas de fotografia porque várias pessoas me pedem dicas e tem dúvidas sobre como usar o equipamento e também de como fazer uma certa fotografia. Não sou especialista nem professor, mas sempre que posso e a partir dos meus conhecimentos vou dando dicas para qualquer um que esteja disposto a aprender e praticar, pois não há uma "receita de bolo" e só com a prática chegamos a perfeição", ou próximo a isso, aliás fotografia não é só apertar um botão e também não é só técnica, cada fotografia tem que ter uma história própria, passar um sentimento para quem a admira. A foto primeiro tem que ser feita na cabeça do fotógrafo e a câmera fotográfica é a última coisa a entrar em cena por isso de nada adianta ter o melhor equipamento de milhares de dólares e não saber como fotografar. E disso já vai a primeira dica: Na hora de comprar os primeiros equipamentos fotográficos esqueça os mais caros ou que tenha recursos que jamais irá usar, atente nos recursos que você com certeza irá usar. As câmeras de entrada são a melhor pedida de quem está começando e conforme o tempo e a experiência principalmente poderá atualizá-lo conforme a necessidade. Por exemplo uma pessoa que faz fotografia still, dificilmente vai precisar de uma câmera que faz 30 fotos por segundo e do contrário um fotógrafo de esportes, principalmente automobilismo, não poderá ter uma câmera que faça apenas 3 quadros por segundo.
Primeira dica dada me despeço de vocês e espero que curtam esse espaço que é para todos!
Sugestões, comentários e criticas serão bem vindas. Atenção: Comentários que desrespeite
os demais leitores serão excluídos.
 Até!