domingo, 30 de dezembro de 2012

Resuminho de fim de ano

Olá pessoal.

Resolvi para esse fim de ano fazer um resumo de tudo o que já falei até agora no blog. Vamos então dar uma olhada como ficou.

35mm (35 milímetros): É quando falamos de câmeras de pequeno formato. Não confundir com câmeras compactas.

Abertura: Controlada pelo diafragma é ele quem controla a quantidade de luz que passará da objetiva para o interior da câmera caracterizada pela letra f. Quanto maior o número menor é a abertura e quanto menor abertura maior será a profundidade de campo.

Autofoco: É um recurso usado para que as câmeras foquem automaticamente. Existem alguns tipos de autofoco. Modo simples onde o foco é travado para aposição do assunto, o contínuo que acompanha o movimento do assunto e o inteligente que é uma mistura entre o simples e o contínuo.
Geralmente o símbolo que acompanha é o AF. O modo contínuo pode ser o AF-C.

Alta luz: É a parte clara da fotografia ao contrário da baixa luz.

ASA / ISO: É uma unidade de grandeza que quanto o filme ou sensor no caso das digitais é sensível a luz, Quanto maior o número mais sensível será. Nas digitais quanto maior o ISO mais ruido aparecera na fotografia. Nos filmes será observado uma quantidade de grãos maiores.

Baixa luz: É a área de sombra na foto. A parte mais escura.

Balanço de branco: Um recurso para usar quando se fotografa conforme a iluminação ambiente para que as cores saiam mais realistas possíveis. Em inglês o termo é White Balance ou WB.

Bateria: Fonte de energia das câmeras.

Brust Mode: É quando a câmera é configurada para disparos contínuos.

Cabo de sincronismo: É um cabo que é utilizado para ligar a câmera ao flash dedicado ou quando a sapata do flash não possua contatos para o mesmo.

Câmeras analógicas: São câmeras que utilizam filme ou emulsões para capturar a fotografia.

Câmeras digitais: São câmeras que usam sensores e processos eletrônicos para capturar as fotografias.

Cartão cinza: É um cartão especial que reflete a cor cinza neutro ou cinza 18%. Ele serve para aferir o fotômetro e fazer o balanço de branco para luz do ambiente.

Cartão de armazenamento: Nas câmeras digitais é onde ficam arquivadas as fotografias.

CCD: Abreviação de Charging Coupled Device. Ele é um tipo de sensor das câmeras digital muito utilizado nas câmeras compactas. Ele é responsável pela captura da fotografia. Sua função é equivalente dos filmes nas câmeras analógicas.

Cinza médio: Ou cinza neutro. É o cinza oferecido pelo cartão cinza. O Cinza 18%.

CMOS: Outro tipo de sensor usado nas câmeras digitais. Ele tem a vantagem de consumir menos energia poupando as baterias das câmeras. Sua função é a mesma do filme fotográfico.

Contraste: Contraste é a diferença entre a parte clara e escura da fotografia

Corpo: É a parte onde ficam alojados os dispositivos da câmera e onde encaixam-se as objetivas.

Composição: É o arranjo dos objetos na fotografia para deixá-la agradável ao olhar do espectador.

Diafragma: É um conjunto de lâminas na objetiva responsável pela quantidade de luz que passará através dela para o interior da câmera e também é responsável pela profundidade de campo. Seu valor é expresso pela letra f. Na anatomia equivaleria a íris do nosso olho.

Difusor: É responsável por espalhar a luz do flash, difundi-la pelo ambiente.

Disparador: Dispositivo responsável pelo disparo da fotografia acionando o obturador.

Distância focal: É a distância entre o meio da objetiva até o plano focal (filme ou sensor). Quanto maior o número menor o angulo de visão da objetiva e maior aproximação.

Distância Hiperfocal: É a distância entre o objeto focado mais próximo com a objetiva focalizada no infinito.

Estabilizador de Imagem:  IS. É um mecanismo geralmente encontrados na objetiva para compensar o movimento das mãos do fotógrafo para ajudar a produzir imagens mais nítidas.

Exposição: É o tempo que a luz incidirá sobre o filme ou sensor. Controlado pelo obturador e geralmente expressos em frações de segundo ex. 1/60, 1/500, 1/2.

Exposição automática: É quando a câmera determina automaticamente a exposição sem interferência do fotógrafo.

Exposição manual: Ao contrário da exposição automática, aqui é o fotógrafo que determina a configuração de exposição.

Fator de corte: Nas câmeras digitais o fator de corte determina quanto a área do sensor de imagem é menor que a do filme 35mm.

Flash: É uma luz auxiliar branca e rápida, tem 1 milésimo de segundo de duração que dispara junto com a câmera para ajudar na iluminação da cena.

Flash dedicado: É o flash que não vem com a câmera. Exclusivo para esse fim.

Flash embutido: É o flash que é integrado ao corpo da câmera.

Flash E-TTL: É um flash completamente automático que usa informações da câmera para disparar com potência correta.

Filme fotográfico: Emulsão sensível a luz com base em gelatina animal e cristais de prata responsável pela captura da luz na formação da fotografia.

Filtro: Pode ser de vidro ou cristal que encaixa na frente da objetiva responsável por alguns efeitos ou correções na fotografia.

Foto subexposta: Aquela foto escura. Que na hora da exposição foi usado um tempo muito curto de exposição a luz.

Foto superposta: Ao contrário da foto sub exposta, é uma foto muito clara onde o tempo de exposição foi demasiadamente longo.

Fotômetro: É um aparelho que mede a quantidade de luz no ambiente para dar um parâmetro para uma exposição correta da fotografia. Pode também estar embutido na câmera fotográfica.

Grande Angular: São objetivas com distância focal menor que 50mm.

Gel de correção de cor: Filtro de material especial de tonalidades distintas encaixado a frente do flash altera a temperatura de cor da luz do flash

ISO: É a sensibilidade do filme ou sensor. Vide ASA

Kelvin: vide Temperatura de cor.

Latitude: É o intervalo que a câmera fotográfica consegue registrar entre o claro e o escuro. Quanto maior a latitude melhor.

Lente: É o Objetiva.

Máquina fotográfica: É a câmera fotográfica em si. Ela pode ser de pequeno, médio ou grande formato.

Macrofotografia: É uma técnica usada para obter fotos de pequenos objetos parecerem maiores.

Negativo: É o filme fotográfico.

Numero "f/": É um número que expressa quanto o diafragma está fechado. Quanto maior o número mais fechado está o diafragma e consequentemente a abertura.

Numero Guia: Ou NG. É o número que todo o flash tem e ele usado para fazer cálculos de potência e distância da luz do flash. (NG / abertura = distância) ou (NG / distância = abertura).

Objetiva: É o nome correto do conjunto de lentes que é usado para focar o objeto. Por isso seu nome.

Objetiva Grande angular: São objetivas cuja distância focal é menor que 50mm

Objetiva Normal: São objetivas com distância focal de 50mm

Objetivas Teleobjetivas: São objetivas com distância focal maior que 50mm

Objetivas Zoom: São aquelas que podem mudar sua distância focal. Ex. 75-300mm

Obturador: O obturador é o dispositivo responsável pelo tempo que o sensor ou o filme é exposto a luz.

Para-sol: Tem a função de bloquear a luz indesejada vindo pelas laterais da objetiva.

Pentaprisma: Conjunto de espelhos que tem a função de fornecer ao fotógrafo a mesma "visão" da objetiva.

Pixel: A menor unidade de formação da imagem.

Plano focal: É onde a imagem é formada dentro da câmera fotográfica. É lá que está o filme ou o sensor de imagem.

Profundidade de campo: É o intervalo onde o foco é aceitavelmente nítido e varia em função da abertura do diafragma.

Sensibilidade: Vide ISO

Temperatura de cor. É a tonalidade da luz do ambiente expressa em Kelvim ou K. Quanto menor o numero K mais quente a luz será.

Velocidade de sincronismo: É a velocidade máxima em que há sincronismo com o disparo do flash.

Bom pessoal, por enquanto é isso.

Uma ótima passagem de ano para vocês e continuem praticando bastante e quero ver o resultado que estão conseguindo lendo as fotodicas. E você quer ter suas fotos de fim de ano publicadas aqui no blog? É só me mandar as fotos do seu fim de ano pelo e-mail blogfotodica@gmail.com com seu nome completo e cidade que publicarei aqui no blog.

Até mais!

sábado, 15 de dezembro de 2012

Flash Remoto: Parte 4 - Dois flashes

Olá!

Na postagem anterior eu falei como fiz a foto da flor usando apenas um flash remotamente.
Hoje vou falar como usar dois flashes na cena.

Na primeira foto você vai ver a foto sem uso do flash, fotometria ok e o disparo. Resultou nessa cena.




Muito bem, uma cena boa, com iluminação na "carinha" do boneco mas o que me incomodou um pouco foi a sombra no restante do boneco e também queria algo a mais. Então decidi escurecer o findo da foto

Então parti para uma segunda foto, agora usando o flash embutido. Lembra que falei que quanto menos o flash aparecer na cena melhor? Eu não segui a risca essa recomendação até porque todas as regras, recomendações e leis podem ser quebradas e também quis escurecer um pouco o fundo. Então eu fotometrei o ambiente e fechei quase dois pontos de luz para que o céu se tornasse azul-escuro. Como a velocidade de sincronismo da câmera que estava usando era de 1/250 tive que fechar bem o diafragma. E com o valor que obtive da abertura e da distância do objeto coloquei o flash em modo manual e configurei a potência para apenas o suficiente para o boneco ficar bem exposto.



Mesmo assim não gostei muito do resultado mas estava chegando perto do pretendido. O que não gostei nessa segunda foto foi o brilho que deu na parte onde estava escrito "fotógrafo". Simplesmente a palavra sumiu. Foi ai que pensei numa terceira alternativa, usar o flash fora da câmera para que o brilho do mesmo não atrapalhasse a cena.

Como o flash remoto não podia ficar de frente para o boneco devido ao tamanho e proximidade me dando uma sombra muito dura que não queria naquele momento. Então a alternativa foi de usar o flash remoto com potência suficiente para expor corretamente o boneco mas deixando o resto da cena sub exposta e o flash da câmera que dispararia com menor potência para amenizar a sombra causada pelo flash remoto. E o resultado foi esse aqui.


Como usei o flash remoto um pouco mais alto do que o boneco a luz veio um pouco de cima para baixo e usando o flash embutido com bem menos potência, não chegou a brilhar a parte metálica onde está escrito "fotógrafo".

Então gostaram da dica?
Até mais!

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Flash Remoto: Parte 3

Olá pessoal, peço desculpas a vocês, mas devido a um problema com a programação do blog essa postagem não entrou no dia que seria dia 15 deste mês, mas não se preocupe, agora tudo voltou ao normal. Todo dia 15 e 30 do mês averá uma nova dica pra vocês.
Vamos lá então.

Como disse na postagem anterior, vou explicar como fiz a foto da flor com o flash remoto.



Com o flash preparado em modo Slave (escravo em inglês) eu medi luz através do fotômetro da câmera normalmente como fosse tirar a foto sem o uso do flash. Vi onde a sombra predominava na cena e a parte que queria ressaltar na imagem, no caso a parte do caule que apareceria completamente preto na foto.

Como a câmera que estava usando permitia usar o flash remoto sem nenhum outro acessório, na própria câmera configurei para usar apenas flash sem fio. O flash embutido não interferiria na foto.


Então para não aparecer muito a luz do flash o coloquei em modo manual e desci a potência dele para 1/32. Isso significa que a luz do flash iria alcançar 6 metros mais ou menos. Como estava em abertura f:8 a luz chegaria apenas a 75cm e a flor como era branca e já estava iluminada pela luz do Sol pouco se notaria o flash e sim a ausência da sombra naquela parte da flor.
 Com o flash na mão esquerda virado um pouco para a parte de trás da flor e já com a câmera configurada previamente na mão direita fiz o disparo e o resultado já conhecem da postagem anterior.



Até a próxima postagem.


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Flash Remoto: Parte 2.

Olá!
Continuando a postagem, agora vou mostrar a diferença de quando se trabalha com luz direta, do flash na câmera e da luz do flash remoto.
Repare nas fotos dessa flor:
Flash direto

Flash pela lateral
Na primeira foto usei o flash da câmera mesmo, embutido. Não tinha muito o que fazer no caso. O flash disparou bem no meio da flor apenas para iluminá-la.

Já na segunda foto repare que a iluminação mudou quase que por completo. Dessa vez eu não usei o flash da câmera e sim um flash dedicado com potência baixa na lateral da flor segurando com a mão mesmo, parecendo que tinha uma luz natural entrando pela lateral da flor. Ou seja manipulei a luz como eu bem entendi.

Essa é uma das maneiras que é interessante usar o flash fora da câmera.
Na próxima postagem vou explicar como fiz essa foto.

Até lá!



segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Flash Remoto (introdução)



Olá.

Já falei como usar alguns modos o flash dedicado, agora vou falar de como usar o flash remotamente.




Quando você está desenhando normalmente você escolhe como quer fazer o desenho e que tinta usar.

A tinta na fotografia é a luz e é interessante manipulá-la como quisermos. Utilizando o flash fora da câmera te dará uma melhor liberdade para trabalhar com mais criatividade.



O flash remoto é muito utilizado para mudar a luz ambiente mas da mesma forma que o flash comum é interessante mante-lo invisível ao olho do espectador. Ele é muito usado em fotografia still e retratos para dar ênfase ao que queremos mostrar na foto ou dar profundidade ao objeto fotografado.

Existem várias maneiras de utilizá-lo. Podemos também usar várias configurações de luz utilizando um flash, dois, três... Grupos de flash disparando de jeitos diferentes, enfim, existe uma infinidade de possibilidades. Mas aqui vou falar do básico.

Para poder utilizar o flash fora da câmera podemos usar cabos através de sapatas, fotocélula ou rádio.

Todos têm suas vantagens e desvantagens.

Quando é utilizado o cabo, chamado de cabo de sincronismo PC, você mantém a medição TTL (dependendo da função da câmera ou da sapata) mas perde em mobilidade. Ele é muito utilizado em estúdio por exemplo pois é um ambiente de espaço limitado mas também pode-se usar ele para fazer fotos em locações externas. Nem todas as câmeras e flashes possuem a entrada PC para conectar o cabo.

A fotocélula transmite o comando para o flash disparar através da luz, por isso o nome fotocelula já que foto quer dizer luz. Ele tem o mesmo princípio do controle remoto da TV que comanda a mesma. Experimente filmar o controle remoto com ele apontado para a câmera. Você verá a tal luz. Algumas câmeras já possuem a função sem fios através de infravermelho já incorporada o que facilita muito o uso inclusive com medição TTL do flash remoto o que facilita ainda mais pois dificilmente precisamos fazer cálculos para obter a exposição correta do flash auxiliar. Mas mesmo assim o mais correto é usar o flash em modo manual e fazer os cálculos como expliquei em postagens anteriores para uma correta utilização e aproveitamento da luz.

O terceiro e último equipamento para utilizar o flash remotamente seria o RÁDIO. 


O controle do flash remoto através de rádio seria o mais recomendado em fotos na rua por exemplo. Ele é composto de dois itens, um transmissor que vai na sapata do flash na câmera e um receptor que encaixa no flash ou através do cabo PC. Ele mantém a medição TTL, claro dependendo das funções do transmissor, receptor ou da câmera. Possui a mobilidade suficiente por não utilizar fio algum mas com um porem que dependendo do ambiente o rádio não chega muito longe, em média de 5 a 7 metros sem barreira entre o transmissor e o receptor.

Afinal fotografia não é só apertar o disparador. Boas fotos são feitas em vários minutos ou até em horas de trabalho para conseguir uma única foto excepcional.

 Nas próximas postagens vou dar algumas dicas básicas de como utilizá-lo.

Até lá!

domingo, 30 de setembro de 2012

Gel de correção de cor

Olá,

Como na dica anterior eu falei de flash de preenchimento, hoje vou falar sobre gel de correção de cor.

O gel de correção de cor na verdade não é um gel, é um tipo de plástico colorido especial que encaixado na frente do flash muda a temperatura de cor do mesmo.



Não tente colocar qualquer plástico na frente do flash pois ele pode derreter devido a alta temperatura estragando permanentemente seu precioso flash.

Ele é muito usado em fotografias mais artísticas ou quando a cena tem uma iluminação "feia".

O gel de correção é tipo aqueles filtros coloridos que é colocado na frente das objetivas para alterar a tonalidade da fotografia, mas diferente deles o gel de correção só funciona onde a luz do flash chega.


Quando fotografamos a noite por exemplo a luz da rua deixa nossas fotos com tom amarelado, se dispararmos o flash nessa situação como expliquei na postagem anterior, onde a luz do flash "bate" fica com um tom feio e azulado? Esse é um dos casos que se tivesse com o gel de correção âmbar esse efeito não aconteceria pois o flash também através do gel emitiria uma luz alaranjada.

Existem por ai várias cores de gel de correção mas os mais usados são o CTO, gel de correção laranja para esses tipos de fotos a noite onde a temperatura da luz ambiente chega a 2800k e o FL-D, Gel de correção para luz fluorescente.

Como expliquei em balanço de branco a luz fluorescente emite uma luz esverdeada que é um pouco mais chata de corrigir principalmente se tiver uma segunda fonte de luz na foto como a luz do flash.

Para tirar essa tonalidade verde e o flash não se tornar tão perceptível. O ideal é regular o WB da câmera para fotos com luz fluorescente e disparar com o gel de correção acoplado no flah tendo o resultado uma cena com tons mais corretos. Claro que isso depende de quanto a sua câmera consegue corrigir esse tipo de luz, muitas até precisando usar um balanço de branco personalizado para o ambiente.

Como falei, o gel de correção só faz efeito onde o flash chega e da mesma forma com filtros de qualidade, quanto maior a potência do flash mais o filtro fará efeito. O ideal é equilibrá-lo com a cena e com o efeito pretendido. Também como tudo que é colocado em frente da luz rouba uns pontinhos de luz o uso de gel de correção em frente à luz do flash fará também ele "perder" potência. Ai depende da qualidade e características dos acessórios que são usados.

O Gel de correção também é usado para mudar a temperatura de cor esfriando ou aquecendo a fotografia dando um "ar" diferente na fotografia alterando só a parte onde a luz do flash chega. Também usado em um segundo flash longe da câmera, num flash remoto.

E sobre uso do flash remoto que vou começar a falar nas próximas postagens.

Até lá!

sábado, 15 de setembro de 2012

Flash de preenchimento (Fill flash)

Olá pessoal.

Muitas pessoas pensam que o flash serve só para tirar fotos com pouca ou nenhuma luz o que é uma inverdade.

O flash também pode ser usado em dias com muito sol quando existe aquela luz dura. Ele é usado justamente para preencher as sombras (sem que apareça o disparo, que seria o ideal). O nome dessa técnica é flash de preenchimento ou fill flash em inglês.

Imagine a cena:
Você está fotografando uma pessoa ao meio dia com sol a pino. Como falei a algumas postagens atrás, a luz do sol é umas das luzes que mais produzem sombras, uma luz muito dura. Justamente nas pessoas a pior sombra produzida fica na região dos olhos.

Se tentar tirar uma fotografia de pessoa com esse tipo de luz você matará o retrato devido que a região dos olhos é a alma do retrato. Claro que como já falei, sempre existem exceções.

A única alternativa é usar uma luz artificial para cobrir a região. Geralmente temos o flash da câmera, aliás pode ser qualquer tipo de flash, inclusive o embutido. Então como fazer? Vamos ver.

-Primeiro é preciso medir a luz gral da cena, incluindo as áreas de altas e baixas luzes (A parte mais clara e mais escura da cena) obtendo a correta exposição da cena. Em cima dessa correta exposição devemos seguir os passos a seguir.

-Precisamos ter certeza que a velocidade do obturador não ultrapasse a velocidade de sincronismo do flash. Geralmente quando o flash da câmera é ligado ela própria limita a velocidade do obturador até a máxima de sincronismo.

-Agora com flash TTL (lembre-se, quando falo aqui TTL também quero dizer os flashes E-TTL, i-TTL e afins) temos que compensar a exposição do flash para menos para que dispare com menos força que o necessário para preencher toda a cena. Quanto menos colocamos de exposição menos efeito vai se obter preencher as sobras em contrapartida menos dará para perceber que foi disparado o flash na cena. Aqui precisamos buscar um equilíbrio.

-Nos flashes automáticos sem a medição TTL, suponhamos que obtive a fotometria correta usando f:11 1/125. Vou dar uma "enganada" no flash e dizer que estou fotografando com abertura f:8 na objetiva, mas a objetiva vai continuar em f:11 e então ele vai disparar com 1 ponto a menos de luz.

-Nos flashes manuais dá um pouquinho mais de trabalho. Além de medir a cena, precisamos calcular quantidade de luz do flash na cena, como expliquei nas primeiras postagens sobre flash e compensar negativamente para que o flash dispare com menos força doque o necessário para quando queremos preencher completamente a cena que como expliquei anteriormente precisamos buscar um equilíbrio para que possamos preencher as sombras sem que de para o espectador perceba o disparo do flash.

Se caso a velocidade do obturador ultrapasse a velocidade de sincronismo, que geralmente acontece em ambientes muito claros, normalmente temos três opções:

-Usar uma abertura menor na objetiva. Mas lembrando que o flash tem uma potência de disparo limitada. Não adianta fotografar uma pessoa a três metros de distância em f:32 com o flash embutido que não funcionará. Precisamos calcular até onde a luz do flash chegará como expliquei anteriormente.

-Usar um ISO mais baixo, mas assim como a dica anterior quanto menor o ISO menos distância a luz do flash alcançará.

-Ou nos flashes mais modernos usar a opção de sincronia rápida (High Speed Synch). Nessa opção a câmera libera para que sejam usadas todas as velocidades do obturador. O inconveniente aqui é que essa opção come as pilhas utilizadas no flash e também não pode ser usada muitas vezes pois o flash quase sempre disparará na potência máxima aquecendo e podendo até resultar na queima do flash.

Até a próxima dica.
Até lá, treinem bastante pois só com a prática e que chegamos perto da perfeição!

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Flash: Difusor.

Olá.

Na última postagem do blog falei dos rebatedores para conseguir uma luz menos dura nas fotos, mas também existe outro dispositivo, o difusor.

O difusor como o nome já diz, difunde a luz no ambiente, com isso conseguimos uma luz mais homogênea.

A ideal utilização mesmo dele é quando está se usando uma objetiva de distância focal de 17mm ou menor para que os cantos da fotografia não saiam escuros.

Ele é parecido com uma lente que fica logo na frente da cabeça do flash.

Em muitos flashes dedicados ele fica "escondido" sobre a lente do flash. Ele é uma lâmina plástica toda com ranhuras, bastando apenas puxá-lo para fora para utilizá-lo. Também em muitos modelos de flash ele assume a posição de que você está fotografando com uma objetiva grande-angular mesmo que você não esteja a utilizando pois o flash subentende que você quer maior difusão da luz no momento do disparo.

Existem também a venda difusores que se encaixam na frente do flash parecido com copinhos que tem a mesma função dos embutidos nos flashes mas em alguns casos sendo mais eficazes porque em alguns modelos de flash quando se usa o difusor do flash ele limita a potência para preservar a lente frontal do flash de possíveis queimas devido ao calor gerado na hora do disparo como pode ver na foto abaixo.

Também já ví que existe difusores para flash embutido que é uma lente difusora que encacha-se no corpo da câmera mas desconheço sua eficácia.

E isso ai pessoal. Até a próxima postagem.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Flash Rebatido: rebatedores

Olá pessoal.

Decidi fazer mais uma postagem sobre flash rebatido pois algumas pessoas têm perguntado para mim de como rebater o flash.

O flash rebatido como expliquei anteriormente é o flash que não fica na posição frontal do assunto paralelo a objetiva. Ele é usado em ângulos diferentes. Como expliquei também a luz é uma forma de onda que segue sempre em linha reta por isso é preciso calcular onde ela vai terminar sua trajetória.

Na foto abaixo eu coloquei o flash na posição direta, ou seja paralelo a lente:


Essa posição é que produz a luz mais dura com sobras pronunciadas além de colaborar com efeito de olhos vermelhos.

Abaixo a posição de flash rebatido para o teto.
Repare na foto que apenas rotacionei a cabeça do flash para cima. Muitos flahes tem essa opção. Como a luz dele não está diretamente no assunto as sobras serão menos intensas pois até a luz chegar ao assunto ela já se espalhou no ambiente. Nessa posição é necessário tomar cuidado com sombras indesejadas no assunto pois a luz irá chegar de cima e pouco irá diretamente ao assunto.

Agora muitas pessoas me perguntam e quando não há onde rebater o flash ou está longe da parede ou teto sendo que não querem usar flash direto?

No mercado existem rebatedores para serem encaixados atrás do flash dedicado para que o flash possa ser usado rebatido. Um exemplo é esse da foto abaixo.

Ele vem com um encaixe com uma fita dupla-face para grudar atrás do flash.

Repare na foto da direita de como encaixei ele no meu flash. Quando não quiser usá-lo é só puxar que ele sai.

Com esse rebatedor posso fazer fotos sem me preocupar muito onde rebater o flash para conseguir uma luz mais suave. Repare também de como ele é dobrado nas suas extremidades para que a luz não se perca muito no ambiente. Da até para perceber de como ele não clareou a parte de cima do fundo branco da foto.

Bom por enquanto é isso e continuem mandando suas dúvidas para que possa responder nas próximas postagens.

Até lá!

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Flash Rebatido

Olá pessoal!

Além de usar o flash direto que causa no assunto uma luz dura com sombras bem pronunciadas, podemos usa-lo em outra posição, rebatido.

O rebatimento do flash nada mais é que jogar a luz dele em uma superfície antes de chegar no assunto, com isso ganhamos uma luz mais suave. Podemos jogar a luz dele numa parede ou mesmo no teto.

Também podemos usar o flash rebatido para fotografarmos um grupo de pessoas evitando que só o primeiro plano esteja iluminado pela luz do flash.

Como a luz sempre segue uma linha reta fica relativamente fácil posicionar a cabeça do flash para que a luz chegue corretamente ao assunto mas precisamos tomar cuidado com algumas características.

Como estamos trabalhando com uma luz indireta, as sombras podem parecer meio estranhas por isso é bom saber onde a luz vai refletir e os possíveis obstáculos até que ela "termine" sua trajetória

Também temos que tomar cuidado com a textura da superfície pois porque pode ser que a textura por exemplo da parede apareça no assunto. O ideal é sempre usar alguma superfície lisa.

Mais uma coisa que precisamos nos preocupar antes da foto é com a cor da superfície que vai refletir a luz do flash porque também é bem provável que a luz que atingirá o assunto tomará a tonalidade da superfície. O ideal é que ela sege branca.

Espelhos ao contrário que muitos pensam não são bons rebatedores pois não dará o efeito desejado além de absorver muita luz.

Em lojas especializadas existem rebatedores para acoplar no flash dedicado para quando não houver possibilidade de rebatem em outra superfície ou não quiser mesmo usar ele direto.

Para calcular a potência do flash devemos pegar a distância total que a luz percorrerá. Temos que adicionara distância do flash até o teto por exemplo se eu rebatê-lo no teto e mais a distância do teto até o assunto. Dependendo da superfície utilizada podemos ter uma perda de luz. Normalmente calculo que perde-se uns 20% a 25% de luz. Ou seja a potência do flash -25% da superfície.
Sei que dá um trabalho a mais mas a meu ver o resultado é muito melhor.
Até a próxima!

domingo, 15 de julho de 2012

Compesação de exposição do flash

Olá pessoal, como falei na postagem anterior vou falar um pouco de compensação de exposição do flash.

Basicamente compensação de exposição do flash. é a mesma de quando não se utiliza o flash ou seja você pode tomar como base aquilo que expliquei na postagem anterior sobre fotometria.

Quando se fotografa ultilizando um flash E-TTL (também com i-TTL e afins) uma coisa branca, precisamos compensar o flash para que ele dispare mais forte. Nas configurações do flash aparece como um sinal de positivo seguido de alguma fração porque assim como expliquei é a câmera é que vai interpretar a cena e supor que o objeto branco como sendo cinza e não disparando o flash com a potência correta.

Da mesma forma quando estamos fotografando um objeto preto a câmera fará ao contrário, ela disparará o flash com maior potência "estourando" a cena para deixar o objeto preto, cinza. Para que isso não aconteça será necessário compensar negativamente o disparo do flash para que o objeto preto realmente apareça preto na foto.

Mas agora temos uma diferença, é quando fotografamos objetos refletivos.
Quando tentamos fotografar algo muito refletivo, como espelho, ou algo parecido a câmera pode ser enganada pois o brilho do flash que é usado para fazer a medição do E-TTL volta praticamente todo para a câmera deixando a fotometria uma bagunça. O ideal mesmo nessa situação é desligar o flash. Se não tiver jeito de não utilizar o flash ou é usá-lo em modo manual para compensar esse brilho extra ou também nos flashes dedicados no modo de rebatimento.

Espero que tenham entendido nessa pequena noção que passei.

Mas ai você pensa, poxa mas essa dica não deu certo, o fundo da minha foto saiu escurão! A ique entra algumas técnicas de uso do flash como flash de compensação, flash de preenchimento e flash de luz mista. Mas conforme vou dando as dicas vou falando dessas técnicas também.

Até a próxima postagem!

sábado, 30 de junho de 2012

Sincronismo de cortinas

Olá pessoal! Na postagem anterior falei de velocidade de sincronismo, para continuar mais ou menos no assunto resolvi falar primeiro do sincronismo de cortinas. Fiquem calmos que não tem nada a ver com as cortinas da casa e sim de como o flash sincroniza com as cortinas do obturador da câmera.

Em câmeras mais avançadas, mesmo em algumas compactas podemos escolher o sincronismo de 1ª ou 2ª cortina. Isso é para a configuração de quando o flash disparará. Quando escolhemos que ele disparará na primeira cortina significa que quando o obturador acabou de abrir a câmera disparará o flash. Em segunda cortina e logo quando o obturador começa a fechar. Na postagem que falei sobre obturador tem uma animação do obturador funcionando para que entendam melhor.

Geralmente para saber se está fotografando em segunda cortina no flash aparecem um triângulo sobreposto por um outro com preenchimento preto.

O efeito obtido mesmo em frações de segundo é distinto pois a luz do flash congela a cena.  O efeito fica muito mais evidenciado em disparos de baixa velocidade que vou falar de como fazer nas próximas postagens.

Vamos imaginar uma cena básica:

Um carro passando na avenida com os faróis acesos a noite.

Se colocar a configuração do flash em primeira cortina, a luz do flash vai congelar o carro e o farol do carro irá aparecer na frente o carro dando a impressão que ele está no sentido contrário, andando de ré.

Se colocar o sincronismo para a segunda cortina, primeiro vai ser captado os faróis do carro e logo em seguida o flash irá congelar o movimento do carro. ou seja as luzes do carro vão aparecer logo atrás do carro então dando a impressão que ele está andando corretamente para frente.

Próxima postagem vou falar de compensação de exposição com flash.

Até lá!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Flash: Velocidade de sincronismo

Hoje vou falar de uma coisa também muito importante de configuração do flash, a velocidade de sincronismo.

Principalmente nas câmeras compactas e reflex 35mm, digitais também obviamente, precisamos ficar de olho na velocidade de sincronismo.

A velocidade de sincronismo é um limite da câmera e não do flash como muitos pensam e é a velocidade máxima do obturador para tirarmos fotos com flash.

Nas câmeras compactas atuais é comum que a velocidade de sincronismo seje de 1/60s. Já nas reflex digitais, dependendo do modelo da câmera, a velocidade varia de 1/200s à 1/500s. Normalmente em modelos de filme um pouco mais antigas a velocidade seria de 1/60s à 1/125s. No dial de modo a velocidade de sincronismo pode ser um X ou mesmo estar escrito X-Sync.

 A velocidade de sincronismo é chamada assim porque é a velocidade de disparo máxima que a câmera consegue sincronizar o disparo do flash com a cortina do obturador totalmente aberta. Além dessa velocidade o obturador já atrapalharia a foto deixando uma parte dela escura. Como falei a velocidade de sincronismo é a máxima mas também não existe uma velocidade mínima sendo apenas o limite da fotometria do lugar porque a luz do flash dura apenas 1/1000 (um milésimo) de segundo.


Para fazer a fotometria com o flash, de nada adianta controlar a luz do flash pela velocidade do obturador como já disse pois dura apenas 1/1000  de segundo. Apenas podemos usar a abertura ou a sensibilidade do filme (ISO) como já vimos na postagem anterior.

Pode ser que em alguma situação de estar fotografando com flash em um ambiente claro (sim isso existe!) a velocidade de sincronismo não seja suficiente para fazer a correta fotometria da cena deixando ela estourada ai pode-se fechar a abertura ou abaixar o ISO para que a cena fique corretamente fotometrada. Mas se tudo não funcionar existe a velocidade alta de sincronismo. 

As câmeras de hoje não permitem que se use mais velocidade do que é permitido quando se liga o flash mas hoje em dia praticamente todos os flashes dedicados possuem a função High Sync (Sincronização alta em tradução livre) em que o flash dispara várias vezes na potência escolhida e um desses disparos vai atingir o sensor com o obturador totalmente aberto mas em contrapartida consome muita bateria. Normalmente quando essa opção é ativada no flash é mostrado no visor um raio com um H, mas que vou falar mais quando estiver falando de flash de preenchimento.

Também o flash das câmeras compactas mais sofisticadas e as reflex podem ser configuradas para que o flash dispare na primeira cortina ou na segunda dando efeitos diferentes, mas vou continuar a falar sobre isso nas próximas postagens.


A próxima postagem mesmo devo falar de fotometria com flash.

Até lá! 
 

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Tabela para flash

Olá pessoal,
Muitas pessoas tem pedido uma forma mais fácil de fotografar com flash manual, então antes de continuar a falar do uso do flash resolvi colocar uma tabelinha para facilitar na hora dos cálculos. Nessa tabela usei o flash que tenho porque ele tem um número guia comum de encontrar com o pessoal que é um NG43. Vale destacar que a distância correta é medindo da fonte luz (no caso o flash) até o assunto e não da câmera até o assunto. Atenção, os valores da tabela estão aproximados.


Para quem não compreendeu a tabela ou dar um exemplo igual na postagem anterior só que usando o exemplo da tabela e também tem dois jeitos de usá-la.

1º Jeito: Vou fotografar alguma coisa a quatro metros de distância com um filme de ISO 100 (lembrando que também vale para as digitais) com o flash no modo manual em potência máxima. Então na tabela procuro onde está o 4m, em seguida desço na linha onde está localizado o ISO 100 e vi que está lá um número 11. Com esse resultado configuro minha câmera na abertura 11 e ai é só disparar que a foto saíra bem exposta.

2º Jeito. Pegando o exemplo acima vou fotografar alguma coisa a 11 metros de distância com o flash em potência máxima e a câmera configurada em ISO 100. Então eu faço o inverso, Vou até onde está o ISO 100 e encaminho o olhar até o número 11 e vejo o número que está escrito na primeira linha da coluna que seria 4. Essa é a abertura que preciso usar para ter uma boa exposição do flash.

Entenderam como se usa essa tabela? Ótimo!

Mas vocês perceberam que falei só na potência máxima? Pois bem, vamos dizer que não está dando certo fotografar na potência máxima, e agora?
Muitos flashes tem um controle manual de potência que funciona como um redutor, ele é representado muitas vezes por frações como 1/2, 1/4, 1/8, 1/16, 1/32 1/64 e por ai vai, essas frações é quanto da potência do flash é reduzida.  Na tabela abaixo vou mostrar o que acontece com o número guia quando a potência é reduzida, lembrando que o número guia é a distância que o flash consegue cobrir em ISO 100 e como já expliquei na outra postagem ele é a nossa referência para os cálculos de distância e abertura. Lembrando também que usei um flash com o número guia 43, que é sua potência máxima de 1/1.


Tabela de potência.
*cobertura é quantos metros a luz do flash consegue chegar. O novo NG.

Agora pegando o número que apare em cobertura é só substituir o NG por ele e refazer os cálculos para achar a abertura.
A redução de potência é muito usada para quando queremos fazer alguns "efeitos" na fotografia ou quando excedemos a velocidade de sincronismo que vou falar na próxima postagem.
Até lá!






terça-feira, 15 de maio de 2012

Usando o Flash

Olá, como falei na postagem anterior vou falar de como usar o flash manual e isso também vale para os outros tipos de flashes para que possamos entender o que acontece com a luz emitida por eles.
Para tentarmos dominar o flash primeiro de tudo é relembrar as propriedades da luz.

A luz é uma forma de onda eletromagnética que se dispersa pelo ar sempre em linha reta a uma velocidade de 300.000 Km/s (isso no vácuo), no caso do flash conseguimos uma luz dura e completamente branca como disse em minha postagem anterior. Como já devem ter aprendido nos tempos de colégio quando vemos alguma coisa nossos olhos captam parte da onda de luz refletida nele e outra parte é absorvida pelo mesmo gerando as partes claras e escuras. Um objeto preto absorve todo o espectro de luz e ao contrário de um objeto branco nos reflete tudo.

Bom, agora que já relembramos rapidamente as propriedades da luz vamos falar de como controlarmos ela nos disparos dos flashes e agora que vocês vão entender porque primeiro é preciso saber o funcionamento da câmera e sobre fotometria.

Todos os flashes, incluindo os embutidos nas câmeras possuem um número guia representado pelas letras NG ou GN(do inglês Guide Number). É muito importante saber esse número pois como o próprio nome diz ele é o nosso guia, a nossa referência. Esse número representa a distância que a luz do flash consegue chegar normalmente em ISO 100 que é o mais comum. Porque falei em ISO agora? Porque como disse anteriormente quanto maior o ISO mais sensível é a película ou o sensor da câmera. Lembra de quando eu falei sobre ISO e disse que se eu aumentasse um ponto o ISO, por exemplo ISO 100 para o 200 o sensor captaria o dobro de luz? No flash acontece a mesma coisa, eu praticamente dobro a distância em que minha câmera consegue capturar a luz emitida pelo flash. Reparem que falei que é a câmera que consegue captar e não que o flash fica mais potente e reparem que falei que consigo quase o dobro da distância pois como sabemos a luz, mesmo sendo bem direcionada como a do flash ela acaba se espelhando pelo ambiente assim como quando jogamos uma pedra no lago e vendo as ondas se formarem e por isso não conseguindo exatamente o resultado dessa multiplicação.

Além do ISO podemos controlar a exposição do flash abrindo ou fechando o diafragma de nossas objetivas. Novamente como falei quanto mais fechado o diafragma menos luz passa por nossa objetiva para sensibilizar o sensor ou filme. Novamente quando fechamos um ponto o diafragma metade da luz entra.

Mas como saber a regulagem ideal para cada situação para que a foto saia perfeita, nem estourada ou muito escura? Quem é bom de matemática vai se dar bem pois é só fazer uma continha.

No texto acima falei de algumas grandezas como o Número Guia que é o principal e a distância e a abertura e é com elas que vou trabalhar agora.
A formula é a seguinte:

 Onde M é a distância do objeto em metros.


Vou pegar meu flash como referência no exemplo. O flash que uso normalmente tem um Numero Guia 43 (GN43). Vou usar no exemplo que estou fotografando em ISO 100 e sempre com flash direto.

Vou querer fotografar uma pessoa que está a 4 metros de mim. E agora vamos as contas:

NG43 / 4m = 10.75

Esse 10.75 é a abertura que eu tenho usar no diafragma para obter uma exposição correta do flash. Como não existe essa abertura posso por exemplo usar um f11 que é o que mais se aproxima.

Da mesma forma que usei a distância do objeto para saber a exposição, posso saber até onde a luz do meu flash vai chegar caso eu esteja fotografando uma paisagem ou uma rua por exemplo.
É só dividir o Número Guia pela abertura.
Por exemplo: Tenho uma objetiva que relativamente escura, que só abre até f5.6, que são as mais comuns e as pilhas do meu flash dedicado acabaram (Putz, que mal profissional!) e estou usando o flash popup da câmera que tem NG13. Então refaçamos as contas...

NG13 / f5.6 = 2,13m

Ou seja só vou poder fotografar usando flash a no máximo a 2 metros e pouco de distância do assunto. Ruim não? Mas se meu assunto estiver a mais distância doque isso? Fácil, aumento o ISO.

Como já sabem quanto maior o valor do ISO maior a sensibilidade. Aumentando um ponto o ISO o sensor ou filme capta o dobro de luz e consigo capturar a luz emitida do flash a quase o dobro de distância do anterior pois a luz do flash vai se espalhando no meio do caminho e quanto mais distância do assunto mais a luz vai se dissipando.

Na mesma condição da cena exemplificada anteriormente se eu tivesse usado ISO 200 poderia fotografar meu assunto a 4m de distância. Melhorou um pouco não é mesmo?

Também é por isso que não adianta usar flashes embutidos para fotografar longas distâncias.

Mas para não ficar muito longo vou continuar o assunto na próxima postagem.
Até lá!

segunda-feira, 30 de abril de 2012

O Flash


Olá pessoal, estou começando a postagem que segundo amigos meus é a mais aguardada desse blog.
Vou falar sobre o flash e de como usá-lo em diferentes situações.
Resolvi começar agora pois antes de lidar com o flash precisamos saber o funcionamento da câmera fotográfica, principalmente a parte de fotometria para também ser usado no caso dos flashes.
O Flash é uma luz auxiliar rápida, dura apenas um milésimo de segundo e é também uma luz dura e totalmente branca próxima dos 5500k.

Existem basicamente dois tipos de flash:

Embutido
Como o próprio nome já diz ele está incorporado ao corpo da câmera, isso inclui os flashes pop-up que ficam escondidos e surgem quando precisamos usa-lo. Para a alimentação usam a bateria da câmera.
FLASH EMBUTIDO

FLASH POPUP


Flashs dedicados
São aqueles que por meio de uma sapata ou cabo de sincronismo conectam-se a câmera para disparar. Esses possuem muito mais configurações além de poder disparar não diretamente para o assunto pois possuem a cabeça giratória. Eles recarregam mais rapidamente e geralmente usam pilhas ou baterias próprias poupando a energia da câmera.


Dependendo do tipo de conexão com a câmera eles podem ser:

Manuais:
Nos flashes chamados de manuais o usuário controla regulagem da câmera para a potência da luz do flash através de alguns cálculos determinando assim a correta exposição da fotografia. Eles não tem contato na sapata e precisam ultilizar  cabo de sincronismo.

Automático:
Muito parecido com o uso dos flashes manuais, o usuário determina tanto no flash quanto na objetiva a mesma abertura em uma determinada velocidade obtendo assim a exposição correta. Um exemplo da sapata que esses flashes ultilizam é essa.


Reparem que tem um círculo central que é por onde o flash recebe a ordem para disparar no momento exato da fotografia dispensando o cabo de sincronismo.

Automático TTL:
Hoje em dia com a ascensão das câmeras digitais são os mais utilizados. Os flashs que possuem a tecnologia TTL (Through The Lens) utiliza-se da medição do fotômetro da câmera para disparar a potência ideal para iluminar a cena isentando o fotógrafo de fazer os cálculos necessários e assim conseguindo fotos mais rapidamente. É fácil distinguir um flash TTL pois ele sempre dispara mais de uma vez por foto, a primeira rajada é usada para medir a luz e a potência do flash e nas digitais é nessa hora que que também é obtido o correto balanço de branco (White Balance) e a partir dessa rajada é que efetivamente a fotografia e tomada. Dependendo do fabricante da câmera existem as variações de nomes como E-TTL, E-TTL II, i-TTL, por assim vai. A sapata utilizada nesse tipo de flash contem além do círculo maior mais outros círculos que são os contatos por onde ele se comunica com a câmera para receber todas as informações que descrevi acima.



Todos os flahses contém um Número Guia que é para fazer os cálculos que falei acima e também cada câmera possui uma velocidade de sincronismo com o flash que é a velocidade máxima para que o obturador da câmera não atrapalhe a luz do flash pois ele tem que estar completamente aberto para capturar toda a luz emitida.

Sobre isso vou falar na próxima postagem.
Aguardem!




domingo, 15 de abril de 2012

Uso da perspectiva na fotografia

Novamente vou falar mais um pouco sobre linhas e composição que é umas das partes mais importantes da fotografia. Vou falar sobre perspectiva.

Muito usada em pinturas, desenhos, arquitetura e porque não, na fotografia. A perspectiva é usada para dar uma impressão de tridimensionalidade a foto. Aqui vou falar das mais usadas na fotografia.

A foto por si só tem duas dimensões, altura e largura. Com o uso da perspectiva eu consigo dar a impressão de uma 3ª dimensão a foto, a profundidade. Que na realidade nada mais é que uma ilusão de ótica.
Veja a foto abaixo.


Nessa foto você tem ter uma noção da extensão do rio que vai terminar nos prédios lá longe. Longe? Espera ai, a fotografia não é 2D, como pode existir o longe? Bom vou responder.

Nessa foto usei as linhas convergentes formadas pelas margens do rio para dar a noção de profundidade. Você não entendeu ainda? Vou mostrar então:


Reparem que as linhas vão se aproximando umas das outras convergindo para um único ponto no horizonte. O ponto de fuga.

O ponto de fuga é o ponto onde as linhas, chamadas linhas de fuga convergem para o horizonte, é para onde os objetos se estendem e para onde o espectador encaminha o olhar.
Na imagem abaixo, veja que mesmo sendo do mesmo tamanho, as estátuas vão diminuindo conforme vão se afastando dando novamente a sensação de profundidade da cena.


Não viu as linhas? Fácil, olha só.


 Mas pode não existir apenas um ponto de fuga. Veja nessa foto abaixo que existem dois pontos de fuga, uma de cada lado do prédio.



 A fotografia mesmo sendo um objeto de duas dimensões nos fornece informações para que possamos ver as 3 dimensões do objeto fotografado como na foto acima reparamos no tamanho das pessoas em relação as dimensões do edifício.

Claro que existem outras variantes de perspectiva, essas apenas são as mais comumente utilizadas.

Mas também posso brincar com a perspectiva usando que chamamos de perspectiva forçada.
Na foto abaixo eu estava arrumando a antena do prédio porque a TV tava ruim.


Reparem no tamanho do meu dedo em relação ao prédio. Não é photoshop como muitos pensaram na primeira vez que viram essa imagem, é pura técnica em manipular a perspectiva. Legal não é? Mas isso é só nas próximas postagens.

Até a próxima!

*futuras correções nesse post poderão ser feitas.










sexta-feira, 30 de março de 2012

Uso das linhas na fotografia.

Na composição fotográfica o um dos elementos de mais peso são as linhas pois elas juntam a cena e lhe conferem uma atmosfera mais harmônica e guiam o olhar do espectador através da fotografia.

Reparem que na foto abaixo como seu olhar é guiado.


Você primeiro reparou no terço inferior da foto onde estão os pontos de ônibus do terminal, eles guiaram seu olhar até a passarela que está no meio da foto e foi guiado por ela até a parte direita do terço superior você reparou nas janelas dos prédios terminando assim por passear por toda a foto.

Linhas horizontais como a do horizonte ou nos dão a sensação de calma e equilíbrio.




Já linhas verticais são a sensação de força e crescimento.


Linhas em diagonal faz com que haja um direcionamento e também pode nos dar a sensação de profundidade.



 Sobre essa sensação de profundidade vou falar na próxima postagem.


Até lá!

quinta-feira, 15 de março de 2012

Centralização do assunto.



Olá, lembra que na postagem anterior falei da regra dos terços e que regras podem ser quebradas? Pois bem agora vou dar algumas dicas super básicas de quando é legal quebrar a regra dos terços.

1ª Dica: Assuntos circundados

Clique na foto para abrir
Quando você se depara com uma cena onde o assunto é envolvido por algo você não precisa seguir a regra dos terços. Além de ficar estranho, se colocasse o círculo formado em um dos cantos da foto para seguir a regra dos terços, a foto perderia a força e o sentido. Na foto o detalhe do parapeito do prédio está circundando meu assunto principal que são os prédios da cidade.

2ª Dica: Fotos de Close-ups



Na fotografia em close-ups onde o assunto preenche quase toda a fotografia, principalmente de pessoas ou animais, como por exemplo do gatinho acima que está olhando bem de frente, encarando mesmo, o ideal é que nossos olhos logo encontrem os olhos da personagem fotografada porque instintivamente nós sempre procuramos um meio de comunicação no caso de seres vivos vamos colocar assim, o nosso primeiro meio de comunicação são os olhos (vou falar mais sobre isso quando falar de retratos). Se eu colocasse a cabeça do gatinho em um dos terços a foto ficaria  confusa e o observador demoraria a achar os olhos dele, perdendo-se completamente pois são os olhos que guiam no caminho.

3ª Dica: Fotos Macro



Uma variação das fotos em close-ups são de como tirar fotos macro, como o objeto também preenche praticamente toda a fotografia e o fundo geralmente quando existe é bem desfocado, nesse caso não faz sentido usar a regra dos terços.



4ª Dica: Objetos simétricos.



Quando existe simetria nos objetos da composição o interessante é colocar o assunto no centro da fotografia equilibrando a mesma. No exemplo acima as duas margens do rio são iguais além do céu está refletindo nele como se fosse um espelho. Deixando o rio no meio também consegui dar uma sensação de profundidade na fotografia.

5ª Dica: Linhas convergentes 

Quando temos linhas que convergem em algum ponto na fotografia, é ideal que o pondo de convergência fique no meio da fotografia que nesse caso sempre instintivamente procuramos onde as linhas vão parar. No caso da aranha suas perninhas convergem para o corpo que se encontra no meio da fotografia. Agora se caso o olhar for direto para o corpo as pernas das aranha nos guiarão ao restante da foto.

Por enquanto é isso, até o próxima postagem! 

quinta-feira, 1 de março de 2012

Regra dos terços

Continuando a falar de composição, existe mais uma dica que ajuda bastante na hora da composição. Na verdade não é uma dica e sim uma regra,  a regra dos terços.



A regra dos terços consiste basicamente em dividir a imagem em nove quadradinhos, como um jogo da velha e colocar as coisas em certo lugares na imagem para que a fique com uma composição mais correta, mais confortável de se observar e também para que o olhar do seu observador passeie pela foto sem tirar a atenção do assunto principal.
Assim como na foto abaixo, eu coloquei as varas de pescar no terço inferior e o mar em outro terço dando um dinamismo na foto em que o observador é instigado a "passear" por toda a foto.


Para ver exatamente que estou falando vou mostrar essa mesma fotografia mas com as linhas imaginárias da regra.




Reparem que além de colocar as varas de pesca no terço inferior elas estão próximas a junção das linhas. Essa junção damos o nome de pontos de ouro. E nesses quatro pontos que o objeto fica em destaque. Claro que não precisa ser exatamente em cima desse ponto, mas quanto mais perto deles melhor.
Agora reparem na mesma cena abaixo só que sem seguir muito a regra dos terços. Reparem que olhar fica travado entre as varas de pescar.  Como no dia em que tirei essa foto nem imaginava em fazer esse blog fiz apenas um recorte na foto anterior para dar esse exemplo.



Ficou um pouco mais incomodo de apreciá-la não é mesmo?

Para quem é iniciante vou dar uma dica para facilitar. Essa regra é uma das mais importantes na fotografia que a maioria das câmeras compactas e as DSLR que possuem o recurso LiveView já fazem as linhas para dividir os terços no próprio display. Se na sua não está ativado leia o manual da câmera ou aperte o botão DISP. que em alguma variação aparecerão as linhas. Que moleza não? Mas como falei o melhor mesmo é o próprio fotógrafo imaginar as linhas e ir acostumando que uma hora vai se tornar instintivo e colocar tudo no seu devido lugar.
Mas lembre-se, regras podem ser quebradas tudo depende da imaginação de quem está tirando a fotografia.

Próxima postagem com mais algumas dicas bem interessantes.

Até mais!



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Composição (segunda parte)

Olá, Como falei anteriormente vou dar algumas dicas básicas de como conseguir a melhor composição de uma imagem.

1º Imagine como será a foto.

Antes de pegar a câmera imagine o que você quer extrair daquela cena que você está observando. Tente observar os detalhes, cores, luzes, textura, enfim, tudo o que você quer que a pessoa que observe a foto sinta. Só então ai pegue a câmera.

2º Aproxime-se do assunto.

Não tenha medo, aproxime-se do assunto que quer retratar. Muitas pessoas utilizam o zoom da câmera quando poderiam estar a menos de um palmo de distância do assunto. Novamente a primeira dica se faz necessária, aproxime-se do assunto para observar os detalhes e só depois veja se é mesmo necessário usar o zoom da câmera como por exemplo fazer com que o fundo fique mais desfocado ou mesmo para diminuir a distorção da objetiva que está usando.

3º Mostre o que você realmente quer.

Já tentou ler um livro todo rabiscado e sem sentido? Ruim não é? Mesma coisa acontece com a fotografia. Tente deixar seu assunto bem destacado na foto. Uma dica é usar um fundo limpo que não chame muita atenção e sem muito "lixo". Se não for possível, desfoque-o Quanto menos o fundo atrapalhar na percepção do seu assunto melhor. Do mesmo modo posso criar um caminho para que leve o olhar do espectador até o assunto e não fique perdido pelo restante da foto.

4º Procure ângulos diferentes.

Nem sempre foto frente a frente são as melhores. Procure outros ângulos. Às vezes uma pequena mudança de posição de câmera fará toda a diferença. As vezes uma foto um pouco de lado dará uma percepção de profundidade, uma foto de baixo para cima dará a sensação de imponência e grandeza ao assunto e do contrário uma foto de cima para baixo dará uma sensação de submissão, fragilidade..
5º Iluminação.

Tente utilizar uma iluminação condizente com o que você quer mostrar na foto. Uma luz bem contrastada dará a sensação de dramaticidade e mistério. Pode-se também brincar com os tons de iluminação para criar uma atmosfera interessante para o seu assunto. Nem sempre uma iluminação como nós enxergamos realmente é a melhor ideia Nessa parte tem que se usar bastante a criatividade.

Na próxima postagem darei mais dicas, então até lá!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Composição (primeira parte)


Alguém se lembra daquele velho ditado onde diz "uma imagem vale mais do que mil palavras"?
Com a fotografia é exatamente isso. Uma foto tem que contar uma história mas imagina ler uma história escrita com linhas todas tortas e difícil se ler. Fica chato e você acaba desistindo não? Assim como uma história boa de ler, precisamos fazer da fotografia uma coisa gostosa de ser observada, que desperte interesse,temos que fazer com que o olhar da pessoa que admira a fotografia passeie por ela, que ela saiba onde a foto foi tirada, que ela sinta o que estava acontecendo no momento daquela captura, do pavor de uma tragédia ou o perfume de uma flor ou mesmo o gosto daquele bolo de chocolate que está em cima da mesa de festa naquela fotografia do aniversário do seu primo completando cinco aninhos. Uma foto com uma composição bem feita dá para fazer tudo isso. Enfim, uma única foto tem que contar uma história inteira como disse em minha primeira postagem aqui nesse blog, também disse que fotografia não é apenas apertar um botão. Lá está o olhar do fotógrafo e sua sensibilidade, tudo tem que transparecer naquela fotografia. De nada adianta uma excelente câmera, dominar a técnica e não deixar a emoção fluir daquele momento para a foto.
Sei que falei que técnica não é tudo, mas alguma podem ajudar a fazer uma ótima fotografia.
Nas próximas postagem vou falar sobre elas.
Aguardem!

domingo, 15 de janeiro de 2012

A Luz

Oba! Primeiro post desse ano!!! E vocês, como passaram de ano?
Bom, chega de papo furado e vamos ao assunto.

Como disse no minha primeira postagem no blog, fotografia é a arte de se escrever com a luz. A luz na fotografia é como se fosse a tinta de uma caneta. Sem luz é como se a caneta não tivesse tinta para se escrever. Para "desenhar" perfeitamente com a luz precisamos antes conhecer seus vários tipos. De uma forma rápida vou explicar isso basicamente.
Vamos começar com os tipos de luz que todos conhecem:

A Luz do Sol.
A luz do Sol é uma luz completamente branca. Quando está a pino num céu sem nuvens provoca uma luz dura, em que as sombras aparecem bem pronunciadas. Ela é ideal para fazer fotos com bastante contraste entre a parte de luz e sombra na foto.

Dia nublado.
Um dia com muitas nuvens no céu cobrindo o Sol permite que a luz fique mais homogênea na foto ideais para retratos. As nuvens agem como se fosse um difusor para a luz dura do Sol e também a luz fica com um tom levemente azulado.

Tungstênio (Luz incandesceste).
Tungstênio é como chama as antigas lâmpadas incandescestes. Ela produz uma luz dura também como o Sol mas seu tom é muito mais amarelado devido ao aquecimento do filamento em seu interior.

Lâmpada Florescente.
A lâmpada florescente não produz uma luz tão dura quanto a lâmpada incandesceste mas é a luz que mais engana principalmente em seu tom de cor que é verde! Isso mesmo. Nos enganamos com a "cor" da luz porque assim como a câmera no automático, nosso cérebro corrige as cores com muita precisão. Ela é uma lâmpada esverdeada devido ao gás usado em seu interior para que ela funcione.

Luz do flash.
A luz do Flash é a que mais se aproxima da luz do Sol. É uma luz bastante dura e completamente branca. A luz do flash dura apenas 1/1000 de segundo por isso não importa a velocidade que você usa na câmera. Apenas a câmera terá um limite de velocidade que chamamos de velocidade de sincronismo. Sobre isso vou falar apenas quando estiver falando sobre flashes para não embaralhar o assunto.

Para regulara a câmera perfeitamente para que as cores apareçam naturais usamos o White Balance (WB). Existe também como medir a temperatura através de aparelhos que fazem essa medição. A temperatura da cor é medida me Kelvin (K).
Mas também temos como saber através do tipo de luz e uma tabelinha básica em formato de régua que vou mostrar a seguir.

Clique para ampliar

A maioria das câmeras usam WB pré-definidos com os ícones para os tipos de luz existente mas também algumas câmeras podemos regular o WB através dos Kelvins dando um resultado muito mais preciso.

Por enquanto é isso.
Até o próximo post!